A idolatria de um jogador de futebol pode mudar quando ele assume outra função no clube? Essa pergunta pode estar na cabeça de muitos torcedores do Atlético, que agora tem um dos maiores ídolos da história como diretor de futebol. Nesta terça-feira (20), o ex-goleiro Victor foi apresentado no novo cargo e deixou oficialmente de lado o posto de “Santo” para se tornar apenas Victor Bagy.
“A mesma emoção que sinto agora, é a emoção que senti 12 anos atrás quando apresentado como atleta. Cheio de expectativa, de projetos, sonhos, e vislumbrando grandes vitórias, grandes conquistas e grandes títulos. Sei que não é fácil substituir um profissional do tamanho do Caetano, mas vejo que é possível. Conheço o clube como poucos, vivi grandes conquistas, momentos difíceis e turbulentos, mas que me prepararam para chegar até aqui. Espero dar continuidade a esse grande trabalho feito pelo Rodrigo e colocar o Atlético cada vez mais como um dos principais clubes do futebol nacional e internacional”, disse durante coletiva de apresentação na Cidade do Galo.
- Siga o
canal Itatiaia Esporte no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Victor se mostrou ciente da relação entre a idolatria como jogador e as novas funções como diretor. Apesar de ver semelhanças, o ex-goleiro frisou que coerência e responsabilidade fazem com que a idolatria não seja manchada.
“A exposição eu tinha quando jogava também, o goleiro tem muita responsabilidade e nunca me omiti. Fazendo um paralelo com a nova função, existem semelhanças, mudam os interesses e os discursos, mas o objetivo é o mesmo. A idolatria já foi conquistada, está escrita. Hoje, está aqui o Victo Bagy, não o São Victor. A história está escrita, não tenho medo de manchar isso porque toda escolha é baseada nas melhores convicções. Quando se busca o melhor de forma coerente e responsável, mesmo que possa dar errado, jamais você vai ter sua imagem arranhada quando o faz de forma honesta”, completou Victor.
Victor no Atlético
Victor Bagy foi contratado pelo Atlético em 2012 junto ao Grêmio, em negociação que envolveu a ida do zagueiro Werley para o clube gaúcho, além de 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 9 milhões) pagos ao Tricolor.
Com a camisa do Galo, o goleiro fez 421 partidas até 2021, ano em que se despediu dos gramados. Ao longo desses nove anos no clube, Victor venceu o Campeonato Mineiro cinco vezes, além de uma Copa do Brasil, uma Copa Libertadores, uma Recopa Sul-Americana.
Ainda na passagem pelo Atlético, Victor fez parte do elenco da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014, sob o comando de Felipão, treinador do Galo desde 2023.
Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular.