O aniversário de 67 anos do ex-atacante Reinaldo se tornou bastante especial. Na manhã desta quinta-feira (11), a convite do presidente Sérgio Coelho, o maior artilheiro da história do Atlético esteve na Cidade do Galo, ganhou um bolo e foi parabenizado por Hulk e companhia.
Com 255 gols marcados, o “Rei” do atleticanos entrou para a história do Alvinegro, clube que defendeu em 475 oportunidades. Atualmente, ele figura no quadro de funcionários, trabalhando com a equipe de comunicação e sendo também uma espécie de embaixador.
Com 16 anos, Reinaldo iniciou sua trajetória no Galo. De cara virou personagem do cronista Roberto Drummond, que passou a chamá-lo de “Baby Craque”. Era uma profecia. O Rei encantou.
Seu primeiro título pelo Atlético foi a Taça Minas Gerais de 1975, mas especial mesmo foi o mineiro de 1976, decidido no início do ano seguinte. O Cruzeiro tinha vencido nove dos 11 estaduais disputados no Mineirão. Essa história começou a mudar com a conquista alvinegra que teve um show de Reinaldo.
Na decisão, o Galo bateu o rival por duas vezes, sempre por 2 a 0, com gols de Reinaldo e Marcelo. Aliás, marcar gol no Cruzeiro era normal para ele, maior goleador do clássico no Mineirão com 16 bolas na rede da Raposa.
👑🐓 PARABÉNS, REI! pic.twitter.com/CS2iviytDh
— Atlético (@Atletico) January 11, 2024
Era a mostra de que as coisas começavam a mudar em Minas Gerais, o que se comprovou logo depois, pois o Atlético decretou entre 1978 e 1983 a maior sequência de títulos da Era do Profissionalismo no Campeonato Mineiro. E Reinaldo sempre foi a maior estrela, embora tenha sofrido muito com lesões em algumas edições.
No Brasileirão de 1977, o Rei alcançou números impressionantes. Foram 28 gols em 18 partidas, média de 1,55. Foi a maior marca de um goleador da competição em números absolutos até 1997, quando Edmundo balançou a rede 29 vezes. Na média, a marca de Reinaldo será dificilmente batida.
No cenário atual da Série A do Campeonato Brasileiro, contando com 38 rodadas, se o artilheiro da competição tiver disputado 30 jogos, teria que marcar 46 gols. A marca máxima no torneio com 20 clubes é de 23 gols, alcançados por Jonas, do Grêmio, em 2010, e Borges, do Santos, em 2011.
Apesar do grande desempenho de Reinaldo, o Atlético foi vice-campeão brasileiro em 1977, invicto após perder a partida decisiva, no Mineirão, para o São Paulo, nos pênaltis. O Rei ficou de fora deste jogo suspenso, por uma expulsão que aconteceu em 1º de fevereiro, contra o Fast Club, em Manaus. A decisão contra o tricolor paulista foi em 5 de março.
Em 1980, o Rei bateu na trave no Brasileirão novamente, com novo vice-campeonato do Atlético, dessa vez diante do Flamengo. Ele marcou os três gols alvinegros naquela decisão.
Atualmente, em que o torcedor é mais apegado a título do que no clube, pode parecer fracasso um jogador construir sua história conquistando apenas o campeonato estadual. Reinaldo estava além das taças e nunca precisou delas. Sua genialidade bastava. E isso ele tinha de sobra.
TÍTULOS PELO ATLÉTICO
- 1975 Taça Minas Gerais
- 1976 Campeonato Mineiro e Taça Minas Gerais
- 1978 Campeonato Mineiro
- 1979 Campeonato Mineiro e Taça Minas Gerais
- 1980 Campeonato Mineiro
- 1981 Campeonato Mineiro
- 1982 Campeonato Mineiro
- 1983 Campeonato Mineiro
- 1985 Campeonato Mineiro
