Com a oficialização da contratação de Gustavo Scarpa, acertada por R$ 26,5 milhões junto ao Nottingham Forest, o Atlético chegou a a aproximadamente R$ 144 milhões desembolsados para montar todo o atual elenco. O levantamento considera o valor pago a outros clubes e desconsidera luvas e salários.
Comparado com outros protagonistas do futebol brasileiro nos últimos anos, o valor pode ser considerado baixo. Mesmo com o investimento menor, o Galo conseguiu se manter com elenco competitivo em relação aos principais rivais. O Flamengo, por exemplo, gastou R$ 78 milhões na contratação recente de De La Cruz. Apenas Gérson (R$92 milhões) e Arrascaeta (R$ 89,5 milhões), por exemplo, custaram mais de R$ 180 milhões aos cofres rubro-negros.
Buscar atletas no fim de contrato com outros clubes e se antecipar a outros possíveis concorrentes são estratégias do Atlético para conseguir reforços com menor custo. Em entrevista concedida à Itatiaia, o diretor Rodrigo Caetano explicou os métodos utilizados.
“Na verdade, nossa estratégia é tentar antecipar as boas oportunidades de mercado. Se não, por questões orçamentarias, não conseguiríamos montar o elenco que temos. Quando entra a concorrência, tudo fica mais difícil e oneroso. Temos um processo de contratação já consolidado e que conta com o apoio e participação decisiva dos R’s e do presidente, que hoje compõem o comitê da SAF. Sempre respeitando e cumprindo o orçamento determinado”, disse.
Um exemplo dessa estratégia é o processo de contratação de Paulinho. O artilheiro do Campeonato Brasileiro chegou ao Atlético seis meses antes do fim do contrato com o Bayer Leverkusen, da Alemanha. Na época, o Galo desembolsou R$ 1,6 milhão pelo empréstimo válido pelo primeiros meses de 2023, antes da assinatura do vínculo definitivo.
Depois de chegar ao Galo, o atacante declarou mais de uma vez que o fato de o clube alvinegro ter sido o primeiro a iniciar as conversas foi importante para a decisão de escolher Belo Horizonte. Além disso, a boa relação com Rodrigo Caetano foi importante para o acerto.
Aquisições sem custo
Do time considerado titular no fim de 2023, ano em que o Atlético encerrou com bom desempenho após campanhas decepcionantes, boa parte dos atletas chegou ao clube sem custos. É o caso de Saravia, Jemerson, Mauricio Lemos, Otávio e Hulk. Pavón e Igor Gomes, também muito utilizados por Felipão na reta final, são outros exemplos.
De todo o atual elenco, o jogador mais caro foi Matías Zaracho. Em 2020, clube alvinegro gastou R$ 31 milhões para contar com o argentino que defendia o Racing.
Vendas de jogadores
De acordo com os balanços divulgados pelo Atlético, o clube faturou R$ 187 milhões com a venda de atletas em 2021 e 2022. Com as vendas de 2023, incluindo a saída de Paulo Henrique para o Vasco, o Galo faturou aproximadamente R$ 130 milhões.
O levantamento leva em conta o valor das operações, que muitas vezes são parceladas e serão quitadas futuramente. O total do triênio chega a R$ 317 milhões.
O valor exato de todas as vendas será confirmado oficialmente pelo clube no balanço financeiro, previsto para ser publicado em abril.
Veja quanto Atlético gastou para adquirir cada jogador do elenco
- Everson R$ 6 milhões
- Gabriel Delfim - sem custo
- Matheus Mendes - sem custo
- Bruno Fuchs - 1,6 milhão no primeiro empréstimo
- Igor Rabello - R$ 13 milhões
- Mauricio Lemos - sem custo
- Jemerson - sem custos
- Arana - R$ 26,3 milhões
- Mariano - sem custo
- Saravia - sem custo
- Rubens - sem custo
- Otávio - sem custo
- Edenilson - R$ 6 milhões
- Zaracho - R$ 31 milhões
- Igor Gomes - sem custos
- Battaglia - 4,4 milhões
- Alan Franco - R$ 12,5 milhões
- Pedrinho - sem custo
- Gustavo Scarpa - R$ 26,5 milhões
- Alisson - sem custo
- Patrick - R$ 8 milhões
- Hulk - sem custo
- Pavón - sem custo
- Paulinho - 1,6 milhão no primeiro empréstimo
- Vargas - 7,2 milhões
- Alan Kardec - sem custo
- Cadu - sem custo
Total: 144,4 milhões
