O compositor mineiro Marcos Frederico fez uma homenagem ao título do Torneio dos Campeões de 1937, conquistado pelo Atlético, com uma marchinha pela conquista (assista abaixo). Na última sexta-feira (25), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reconheceu a competição como Campeonato Brasileiro.
A marchinha ganhou também um “clipe”, com imagens da torcida atleticana na Praça Sete de Setembro, no Centro de Belo Horizonte e ponto histórico de comemoração de títulos na cidade, e da equipe de 1937.
Thiago de Souza também foi um dos autores da música. Já Bruno Bicolor foi o responsável pelo vídeo, com a colaboração de Daniel Quintela.
“Quando começou a ventilar a história do tri, da
“Muita gente, os comentários dos atleticanos felizes, muita gente que eu nem esperava. Ao mesmo tempo, tem piadinhas dos cruzeirenses, faz parte, eu acho engraçado, porque não preciso nem dizer nada. E para a gente, tudo vira marchinha”, completou.
A letra da “Marchinha do Tri”
Tri tri trinta e sete
Mais uma estrela no meu coração
Vou pra Praça Sete, cantar de galo
É tricampeão
Em mil novecentos e Kafunga
No Brasil era a copa principal
Caiu no colo do Galão da Massa
Outra taça nacional
Primeiro campeão brasileiro
Agora, o Atlético volta a ser considerado o primeiro campeão brasileiro. O Galo conquistou o primeiro Campeonato Brasileiro com esta nomenclatura, em 1971, mas perdeu a honraria em 2010 com o reconhecimento do título da Taça Brasil como Campeonato Brasileiro, em 1959, vencido pelo Bahia.
O torneio de 1937 foi organizado pela Federação Brasileira de Futebol (FBF), que reuniu os campeões estaduais: Fluminense (Rio de Janeiro), Rio Branco (Espírito Santo) e Portuguesa (São Paulo), além dos convidados Liga da Marinha e Aliança, eliminados na fase preliminar.
Na época, os principais clubes do futebol paulista ficaram fora da competição (Palestra Itália-SP - Palmeiras, Corinthians, Santos, Juventus e São Paulo). Essas equipes romperam com a Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) e passaram a integrar a Liga Paulista de Futebol (LPF). Desta forma, a vaga no Torneio dos Campeões ficou com a Portuguesa.
A campanha
O Fluminense era o grande favorito ao título de 1937, mas o Atlético conseguiu superar a equipe carioca. Logo em sua estreia, a equipe alvinegra foi atropelada pelos cariocas por 6 a 0, fora de casa. Foi a única derrota do Galo na competição. Na sequência, o time mineiro empatou com o Rio Branco, fora de casa, por 1 a 1.
A partir daí, o Alvinegro engatou uma sequência de quatro vitórias seguidas e caminhou rumo ao título. Foram três goleadas seguidas em casa: 5 a 0 sobre a Portuguesa; 4 a 1 sobre o Fluminense; e 5 a 1 sobre o Rio Branco, jogo que garantiu o título antecipado. O Atlético ainda venceu a Portuguesa, por 3 a 2, fora de casa, para fechar a campanha do título.
O Atlético também teve o artilheiro da competição. O atacante Paulista marcou oito vezes no torneio. Ele é o 24° maior goleador da história do Galo, com 87 gols.
O time campeão do Torneio dos Campeões contava com Kafunga, Florindo, Zezé Procópio, Lola, Bala, Alcindo, Quim, Clóvis, Paulista, Alfredo, Guará, Nicola, Rezende e Elair, sob o comando do técnico Floriano Peixoto.
Atlético no Torneio dos Campeões
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13/1/1937 - Fluminense 6 x 0 Atlético
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17/1/1937 - Rio Branco 1 x 1 Atlético
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24/1/1937 - Atlético 5 x 0 Portuguesa
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31/1/1937 - Atlético 4 x 1 Fluminense
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3/2/1937 - Atlético 5 x 1 Rio Branco
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14/2/1937 - Portuguesa 2 x 3 Atlético