Um debate da Câmara Municipal de Congonhas, na região Central de Minas, contou com referências esportivas inusitadas nesta terça-feira (7). Isso porque o vereador Eduardo Cordeiro Matosinhos, que é atleticano, comparou uma situação de debate entre os vereadores com a partida entre Atlético e Flamengo, pela Libertadores de 1981.
Naquele campeonato, os clubes se enfrentaram na final, e no jogo de desempate, realizado em Goiânia, o árbitro José Roberto Wright foi tido como grande protagonista. Ele expulsou cinco jogadores atleticanos, o que levou à vitória do Flamengo por W.O., uma vez que o Galo não tinha atletas suficientes para dar sequência ao jogo.
A partida ficou eternamente marcada na lembrança dos atleticanos, que por mais de 40 anos sofrem pelo que ainda é conhecido como o “jogo que nunca acabou”. O Flamengo posteriormente foi campeão continental e mundial, com um time que ficou marcado na história do Rubro-Negro.
Do lado atleticano, restaram lembranças ingratas de todos os lados, inclusive por parte do vereador em Congonhas.
“Eu sofri tanto na decisão do Atlético em 1980, que eu aprendi a ser justo. Eu tinha doze anos de idade. A melhor maneira de você ser homem, ser pai e ser um homem público, é você ser justo. Por incrível que pareça, eu sofri no jogo do Atlético. Sabe a lição que eu dou para os atleticanos? Se você entra em uma discussão querendo ser José Roberto Wright, o jogo poderia estar acontecendo até hoje. Estava 150 a 149, assim você nunca vira o jogo. Você já sai de casa para ser José Roberto Wright”, afirmou Eduardo Cordeiro Matosinhos.