Com a unificação dos títulos brasileiros promovida em dezembro de 2010, pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa entre 1967 e 1970 passam a ser considerados Brasileirão. E com isso, a edição de 1962, ano em que a Seleção chegou ao bicampeonato mundial no Chile, teve sem dúvida nenhuma a decisão mais estrelada da história do torneio.
A final da Taça Brasil de 1962 foi disputada no ano seguinte, por problemas de calendários, que foi comum no futebol brasileiro até a década de 1990. Dos 22 jogadores que foram bicampeões do mundo pela Seleção no Chile, 11 estiveram em campo.
O Santos contava com Gylmar (goleiro), Mauro (zagueiro), Zito (volante), Mengálvio (meia), Pelé, Coutinho e Pepe (atacantes). O Botafogo teve em campo Nilton Santos (lateral), Garrincha, Amarildo e Zagallo (atacantes). O clube carioca tinha acabado de perder Didi, que em 1963 foi defender o Sporting Cristal, do Peru, iniciando sua trajetória no país onde também foi um grande ídolo, principalmente como treinador.
O regulamento previa uma melhor de três para a decisão da Taça Brasil e ela foi necessária. No primeiro jogo, em 19 de março de 1963, o Santos fez 4 a 3, de virada, jogando no Pacaembu.
Em 31 de março os dois clubes fizeram o segundo confronto, no Maracanã, e o Botafogo, diante de 102.260 torcedores, fez 3 a 1, forçando a realização da terceira e decisiva partida.
No dia 2 de abril o Maracanã sediou o terceiro e último jogo entre Santos e Botafogo pelo título da Taça Brasil de 1962. E o Peixe, que já tinha vencido a edição de 1961, não deu chance ao Glorioso.
Numa das grandes exibições do esquadrão santista, o time da Vila Belmiro goleou o Botafogo, dentro da sua casa, por 5 a 0, e conquistou o primeiro bicampeonato nacional da história.
Nesta 16ª rodada o confronto será revivido, mas com os dois clubes em brigas opostas. O Botafogo é líder isolado do Campeonato Brasileiro. O Santos tem como objetivo maior se distanciar da zona de rebaixamento.
