Ativista, ídolo do Liverpool se desculpa com comunidade LGBTQIA+ por jogar na Arábia

Volante Henderson utilizava a braçadeira de capitão com as cores do movimento LGBTQIA+ enquanto atuava pelo Livepool

Volante Henderson, ex-Liverpool

O volante inglês Jordan Henderson, ex-capitão do Liverpool e defensor dos direitos dos homossexuais, pediu desculpas à comunidade LGBTQIA+ por ter decidido continuar sua carreira na Arábia Saudita.

O jogador recebeu duras críticas após deixar a Inglaterra para assinar com o Al-Ettifaq e disse que entende a frustração da comunidade em relação a sua decisão, em entrevista publicada nesta terça-feira pelo portal The Athletic.

“As pessoas conhecem a minha visão e meus valores antes da minha saída, e continuam conhecendo agora. Acho que ter alguém com essa visão na Arábia Saudita é algo positivo. Ver as pessoas criticarem e dizerem que eu lhes dei as costas realmente me magoou”, continuou o jogador.

Conhecido por ter usado braçadeiras com o símbolo do arco-íris em apoio às pessoas LGBTQIA+ na Eurocopa disputada em 2021, Henderson advertiu que não irá desrespeitar a religião e a cultura da Arábia Saudita.

O país, onde a homossexualidade é proibida, é acusado de utilizar o esporte para “limpar” sua imagem quanto ao respeito aos direitos humanos.

O Campeonato Saudita de futebol deu um salto de qualidade nos últimos meses com a chegadas de várias estrelas da Europa, entre elas Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e Sadio Mané, atraídos por elevados salários.

Henderson, de 33 anos, negou que o dinheiro tenha sido uma motivação em sua decisão e disse que os valores divulgados na imprensa são exagerados.

“As pessoas podem acreditar em mim ou não, mas o dinheiro nunca foi uma motivação na minha carreira, nunca”, afirmou.

*Com agências

Jornalista pela PUC Minas, Pedro Leite é repórter do portal Itatiaia Esporte. Tem experiência na cobertura diária de portais, redes sociais e jornal impresso. Apaixonado por futebol, já passou pelo Superesportes.

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