A gestora do futebol feminino do Cruzeiro, Bárbara Fonseca, falou sobre o posicionamento do Cruzeiro sobre os rumores de mudanças na Série A1 do Campeonato Brasileiro, na apresentação do time feminino nesta quinta-feira (9), na Toca da Raposa II. Ela lamentou o rebaixamento do Atlético, mas disse que não as regras pré-estabelecidas não devem ser alteradas.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Pereira, comentou, em setembro de 2024, que a entidade estudava aumentar o número de clubes no torneio de 16 para 20.
“Tem que respeitar as legislações pertinentes ao futebol. Se a previsão do regulamento era: ‘as equipes que ficarem nos quatro últimos lugares vão ser rebaixadas na próxima temporada para a segunda divisão’, isso deve ser cumprido. Independente de ali estar o nosso rival ou não”, completou a gestora das Cabulosas.
Falta de rivalidade
O Atlético terminou o Campeonato Brasileiro A1 2024 em último lugar, com apenas um ponto. A equipe foi rebaixada para a Série A2 sem vencer nenhuma das 15 partidas do torneio. A equipe alvinegra perdeu 14 jogos e empatou uma.
- Leia mais: Atacante do Cruzeiro rasga elogios a Pedrinho por ações no futebol feminino
- Leia mais: Cruzeiro se apresenta para o início da temporada 2025
“Um ponto até que me entristece muito [rebaixamento do Atlético]. Eu queria muito que o nosso rival estivesse em outro momento, vivendo o crescimento do futebol feminino como a gente viveu aqui no Cruzeiro”, lamentou Bárbara.
A gestora explicou que a falta da rivalidade de alto nível prejudica, inclusive, o crescimento do Cruzeiro.
“Realmente não ter essa rivalidade aqui competindo à altura é ruim para a gente, é ruim para os negócios. Mas cumpre-se a legislação. O Cruzeiro, se for chamado para a tomada de decisão, será contrário a essa possibilidade”, disse.
Crescimento orgânico
Bárbara ressaltou, ainda, que o Cruzeiro apoia que o crescimento do futebol feminino no país ocorra de forma orgânica. A gestora disse acreditar que a proposta da CBF mais atrapalharia os clubes do que ajudaria.
“O Cruzeiro é contra. O Cruzeiro é a favor de um crescimento orgânico. Se a questão é ‘vamos crescer o futebol feminino’, ‘vamos aumentar o número de clubes disputando o Campeonato Brasileiro A1’ tem que ser de maneira orgânica”, revelou Bárbara.
“Se não, a gente vai se deparar com clubes pegando as vagas para preencher, para dar 20 clubes, sem estarem preparados para vivenciar o que é a primeira divisão do Campeonato Brasileiro Feminino, que é de muita competitividade. Chegar para ser um clube que todo mundo vai olhar e falar assim: ‘daquele clube eu vou ganhar’, isso não empodera, isso não faz o futebol feminino crescer, isso tem que ser orgânico”, explicou.