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Recheado de ‘brasileiros’, empate sem gols entre Uruguai e Coreia do Sul ficou marcado pela monotonia

O único lance de emoção foi uma bola cabeceada na trave pelo ex-atleticano Diego Godín; Valverde também acertou a trave adversária

Diego Godín acertou a trave em cabeçada no primeiro tempo

Enviado especial a Doha, no Catar - Nenhum jogo envolvendo outros países, fora o Brasil, chamou tanto a atenção do torcedor brasileiro como o Uruguai 0, Coreia do Sul 0, nesta quinta-feira (24), no Education City, pela primeira rodada do Grupo H. Isso porque a Celeste Olímpica tem o mesmo número de jogadores que atuam no futebol brasileiro que o time de Tite, o ex-atleticano Godín, que começou o ano na Cidade do Galo, o ex-palmeirense Viña, e o treinador sul-coreano é o português Paulo Bento, que teve passagem apagada pelo Cruzeiro em 2016.

Os “brasileiros” da Celeste Olímpica são os flamenguistas Varela (lateral-direito) e Arrascaeta (meia-atacante) e Cannobio (atacante) do Athletico-PR.

Dessa turma toda, dentro das quatro linhas durante o tempo todo, apenas o zagueiro Godín, que deixou o Atlético para defender o Vélez Sarsfield, da Argentina, no meio da temporada.

E o único lance de emoção na etapa inicial foi uma bola mandada na trave direita de Kim Seung-Gyu justamente pelo ex-atleticano Diego Godín.

No mais, a tradição empolgação coreana, a famosa raça uruguaia, mas bola mesmo as duas seleções ficaram devendo, embora o som ambiente do estádio, provocado pelas duas torcidas, deixasse até a impressão de um jogo bom, o que definitivamente não aconteceu no Education City Stadium.

Um dos principais craques do futebol brasileiro, o meia-atacante Arrascaeta, atualmente no Flamengo, mas que defendeu o Cruzeiro por quatro temporadas, foi reserva e nem com a pobreza técnica do jogo foi lançado por Diego Alonso.

O segundo tempo foi ainda mais frágil tecnicamente que o primeiro. Teve outra bola na trave do Uruguai, num chutaço de Valverde, já na treta final do confronto, respondida com um chute que passou perto dos sul-coreanos, mas a falta de criatividade dos dois times era uma barreira que fez do Uruguai 0, Coreia do Sul 0, o mais decepcionante entre os jogos dessa primeira rodada da fase de grupos até agora.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro