Não é exagero dizer que Diego Forlán e Luis Suarez formaram o ataque mais eficiente do Uruguai em 60 anos. Campeões da Copa America em 2011, levaram a Celeste às semifinais na Copa da África do Sul, em 2010, classificação que não acontecia desde 1970. Os goleadores não conseguiram repetir os feitos de 1930 e 1950, mas foi o bastante para Forlán ser eleito melhor jogador do Mundial.
Com começo promissor no Independiente (ARG), foi ídolo no Atlético de Madrid, onde comemorou 96 gols, e passou ainda pelo Manchester United e Villareal. Já no fim de carreira, Forlán defendeu o Inter, de Porto Alegre.
Forlán jogou as Copas de 2002, 2010 e 2014, nas quais disputou 10 jogos e marcou seis vezes (o companheiro Suarez fez sete gols em 13 jogos - Forlán tem média melhor, portanto). Em 2002, seu lance definitivo foi o gol contra Senegal, quando matou no peito e marcou de primeira, de fora da área, encobrindo toda a defesa e o goleiro, no empate por 3 a 3 que eliminou o Uruguai na fase de grupos. Em 2006, a Celeste não foi à Copa. No Brasil, em 2014, caiu nas oitavas para a Colômbia sem que Forlán balançasse a rede.
A Copa mais exitosa de Forlán foi a de 2010, quando dividiu a artilharia, com cinco gols, com Villa, Sneijder e Müller. Marcou duas vezes contra a África do Sul na primeira fase e depois contra Gana e Holanda nos playoffs. Mas o gol antológico viria contra a Alemanha, na disputa de 3º lugar, que foi eleito no site da FIFA como o mais bonito do Mundial. Cruzamento de Arévalo pela direita, Forlán bate de primeira, a bola quica forte e vai parar no fundo do gol.
A Copa ficou pela primeira vez com os espanhóis, mas Forlán deixou a África do Sul com uma Bola de Ouro na bagagem: acabou escolhido como melhor jogador do torneio. Waka-Waka eh eh.
Sabe-se lá quando o pequeno país da América do Sul voltará a formar um ataque refinado e eficiente como as gerações de Schiaffino/Ghiggia e mais tarde Suarez/Forlán. Que não demore mais 60 anos.