Mesmo mais de duas décadas após deixar as quadras, Michael Jordan ainda sente o peso da saudade da NBA. Durante sua participação na estreia do programa NBA on NBC nessa terça-feira (21), o ídolo do Chicago Bulls se emocionou ao falar sobre o quanto sente falta da competição e revelou que, se pudesse, voltaria a jogar.
“Eu amo o basquete de uma forma que muita gente não entenderia. Se existisse uma pílula mágica, eu tomaria para poder vestir os calções e jogar de novo. Essa é a essência do que sou. Sinto falta da competição, de me testar, de estar naquele ambiente. Mas é melhor estar aqui conversando do que acabar com o tendão de Aquiles e precisar de cadeira de rodas”, disse o astro, de 62 anos.
O seis vezes campeão da NBA agora assume um novo papel fora das quadras. Jordan estreou o quadro “MJ: Insights to Excellence” (“MJ: Dicas para a Excelência”, em tradução livre), que fará parte da cobertura da NBC nesta temporada.
O primeiro episódio foi exibido no intervalo do
Episódio curioso
Durante a entrevista, Jordan contou que há muito tempo não joga basquete e revelou um episódio curioso em que voltou a sentir a pressão do passado.
“Estava em um torneio de golfe e o dono da casa onde fiquei me pediu para fazer um arremesso na quadra com os netos. Quando peguei a bola, fiquei nervoso, como há anos não ficava. Essas crianças ouviram as histórias dos pais sobre mim, e as expectativas eram enormes. Quando a bola entrou, foi um dos momentos mais gratificantes que vivi ultimamente”, contou, rindo.
Jordan se aposentou definitivamente em 2003, após duas temporadas pelo Washington Wizards, encerrando uma carreira lendária que inclui seis títulos da NBA, cinco prêmios de MVP e inúmeras marcas históricas.
Após ‘pendurar’ o uniforme, o ex-jogador se tornou acionista majoritário do Charlotte Hornets, franquia que comandou até 2023, quando vendeu sua parte por um lucro recorde.
Papel na TV
Agora, ao retornar à TV em um novo papel, Jordan quer inspirar a nova geração. Segundo ele, o objetivo do programa é compartilhar experiências e lições sobre sucesso e dedicação. “Sinto que tenho o dever de devolver o que aprendi. Não é sobre dinheiro, é sobre transmitir mensagens de esforço e excelência”, afirmou.
Apesar de viver longe dos holofotes, o ídolo explicou que a reclusão é uma escolha pessoal. “Quando você está no auge, não percebe quanto tempo perde com a família. Hoje, esse é o bem mais valioso que tenho. É por isso que não apareço tanto — estou aproveitando o tempo com quem sempre esteve comigo”, completou o maior jogador da história da NBA.