Inicialmente, Yé agradeceu o país pelo apoio neste momento. “Eu sou o irmão que conviveu com Lô por mais tempo. A gente dividiu cama quando era novo”, comenta.
“A família inteira está muito sensibilizada, foi uma coisa muito repentina para um cara que estava cheio de planos, cheio de sonhos, tinha um disco para ser lançado com Zeca Baleiro, tinha um outro disco pronto”, segue.
“O Brasil perdeu um dos maiores compositores. Agora eu perdi um irmão que viveu a minha infância. Nós vivemos juntos. Dividimos velocípede, jogamos futebol, viajamos juntos. Então, pra família, perdeu aquele cara querido que nas reuniões estava sempre de bom humor”, acrescentou.
Novas músicas e sonhos
Conforme Yé, Lô Borges tinha quatro discos para lançar, sendo que dois já estavam mixados. A expectativa, segundo ele, é de que as obras sejam lançadas. “Nós vamos ter que ver com a produção dele, com o produtor dele pra lançar”, explica.
Sobre sonhos, Yé pontua: “Como disse Marcinho, os sonhos não envelhecem. Ele tinha sempre um sonho novo. Ele já tinha um monte de disco feito e não parava. Então, o sonho dele era continuar compondo, que era a coisa que ele gostava de fazer.”
Perguntado se Lô falou em algum momento sobre a morte, o irmão explica. “Foram dias muito difíceis. A gente teve oportunidade de conversar pouco, mas foi muito difícil porque ele estava surpreso, ele não esperava que fosse estar na situação que ele se encontrava. Isso para ele foi uma decepção muito grande.”
“Tinha tanta coisa que ele queria fazer ainda, os projetos, ele tinha show com Zeca Baleiro no Recife. A agenda dele esse ano estava lotada até o dia 31 [...]Acho que ele queria continuar compondo e deve tá compondo onde tá agora”, conclui.
Lô Borges