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Fazenda onde aconteceu queda de avião no MS foi cenário da novela Pantanal, da Globo

Avião caiu próximo à fazenda localizada nas margens do Rio Negro e deixou quatro mortos

Fazenda onde aconteceu queda de avião no MS foi cenário da novela Pantanal, da Globo

A queda do avião de pequeno porte em Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, na noite dessa terça-feira (23), aconteceu em um dos cenários onde foram gravadas as duas versões da novela Pantanal, da Globo. O acidente deixou quatro mortos: o arquiteto chinês Kongjian Yu, o cineasta brasileiro Luiz Fernando Fares da Cunha Ferraz, o documentarista Rubens Crispim Jr. e o piloto Marcelo Pereira de Barros.

A Fazenda Barra Mansa fica às margens do Rio Negro e tem paisagem característica do Pantanal, atraindo turistas desde 1996. O acesso é feito por estrada de terra, com duração de 3h30 a partir de Aquidauana.

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Segundo informações do G1, os cineastas e o arquiteto viajavam para gravar um documentário sobre cidades-esponjas. O grupo foi até a fazenda de carro e estavam hospedados lá.

O acidente

Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu perto da Fazenda Barra Mansa, uma área turística da região. A delegada Ana Cláudia Medina, do Dracco, informou que o avião explodiu ao bater no solo. Todos os corpos foram carbonizados.

Por meio de nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou o acidente. Já a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, com intermédio do DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e da Delegacia de Polícia de Aquidauana, informou que: “Equipes da PCMS, incluindo peritos criminais, estão em campo para a realização dos procedimentos de praxe e o levantamento de dados preliminares”.

Em consulta ao Registro Aeronáutico Brasileiro da Anac (Agência Nacional de Avião Civil), o avião estava em nome de Marcelo Pereira de Barros, sendo o piloto da aeronave e uma das vítimas da queda. O avião estava em situação regular, mas ele não tinha autorização para táxi aéreo.

Quem foi Kongjian Yu

O arquiteto e paisagista chinês Kongjian Yu, era considerado um dos principais arquitetos do mundo e conhecido como pai da “cidades-esponja”. O conceito foi criado como política nacional na China, em 2013, e propõe soluções verdes baseadas na natureza para a gestão urbana da água.

De acordo com CAU-BR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil), Kongjian Yu estava no Brasil para participar da Conferência Internacional CAU 2025, que aconteceram entre 4 e 6 de setembro em Brasília.

Kongjian Yu era professor da Universidade de Pequim e diretor do escritório de arquitetura paisagista Turenscape, um dos maiores do mundo, fundado em 1998. Kongjian Yu acumula mais de 20 livros publicados e mais de 300 artigos científicos.

Seu trabalho recebeu prêmios internacionais, como o IFLA Sir Geoffrey Jellicoe Award (2020), o Cooper Hewitt National Design Award (2023) e o RAIC International Prize (2025). É também editor-chefe da Landscape Architecture Frontiers e possui doutorados honorários de universidades na Itália e na Noruega.

Em visita ao Rio de Janeiro, Yu sugeriu intervenções na Avenida Francisco Bicalho para devolver espaço aos rios e mitigar alagamentos, proposta que chamou atenção da imprensa e de especialistas brasileiros.

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.