“Nosferatu” traz horror e fascínio para a noite do Oscar

Longa de Robert Eggers concorre ao Oscar em quatro categorias: Melhor Figurino, Melhor Design de Produção, Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Visuais

Nosferatu concorre ao Oscar de Melhor Figurino, Melhor Design de Produção, Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Visuais

Uma releitura do primeiro vampiro da história do cinema é um raro exemplo de filme de terror valorizado pelo Oscar: trata-se de “Nosferatu”, do diretor Robert Eggers, que em 2025 concorre a quatro estatuetas neste domingo (2).

A produção concorre como Melhor Figurino, Melhor Design de Produção, Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Visuais - e chega como favorito em todas elas, rivalizando com o body terror “A Substância”, prova de que a Academia em 2025 teve um olhar diferente para filmes de horror.

O “Nosferatu” de Eggers (de ‘O Farol’ e ‘A Bruxa’) estreou no Brasil em janeiro de 2025 e impressionou os espectadores pelo apelo visual ao trazer uma experiência sensorial encantadora e sombria.

A trama traz a obsessão do Conde Orlok (interpretado por Bill Skarsgård) pela jovem Ellen (Lily-Rose Depp). O vampiro passa a invadir os pensamentos e sonhos de Ellen quando recebe a visita do noivo dela, o agente imobiliário Thomas Hutter (Nicholas Hoult), que viaja até a Transilvânia a fim de concretizar a venda de uma casa que o conde adquire na mesma cidade em que mora o casal. Logo Hutter percebe que o novo cliente é, na verdade, uma criatura sobrenatural e sanguinária.

Terror no Oscar

Na história do Oscar, apenas seis longa-metragens do gênero terror concorreram à estatueta de melhor filme. ‘O Exorcista’ (1973), ‘Tubarão’ (1975), ‘O Silêncio dos Inocentes’ (1992), ‘O Sexto Sentido’ (1999), ‘Cisne Negro’ (2010) e ‘Corra!’ (2017).

‘O Silêncio dos Inocentes’ foi o único premiado, e logo nas cinco principais categorias: melhor filme, melhor atriz (Jodie Foster), melhor ator (Anthony Hopkins), melhor diretor (Jonathan Demme) e melhor roteiro (Ted Tally).

Nosferatu de Murnau

Nosferatu chegou aos cinemas 1922 com a direção do mestre do expressionismo alemão Friedrich Murnau. A história do Orlok foi a primeira montagem cinematográfica com um vampiro como personagem. O enredo tem semelhanças flagrantes com o conde Drácula, narrativa concebida pelo escritor irlandês Bram Stoker. Por conta das referências, desde a construção dos personagens ao cartaz de divulgação, Murnau foi alvo de um processo por plágio movido por Florence, viúva de Stoker, que impediu a exibição do filme e quase conseguiu a destruição de todas as cópias.

O Nosferatu de 2024 está disponível no streaming para os assinantes do Amazon Prime Video.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.

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