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Carolina Dieckmann relembra a dependência de álcool da mãe: ‘Marca muito grande na minha vida’

Atriz revelou como o alcoolismo afetou a vida de sua família

Carolina Dieckmann

A atriz Carol Dieckmann, de 46 anos, em conversa com a colunista Mônica Bergamo, revelou detalhes sobre seus mais recentes projetos cinematográficos, incluindo a produção "(Des)controle”, de Rosane Svartman e Carol Minêm, que encerrou as gravações mês passado e tem previsão de estreia para este ano.

Na trama, Dieckmann interpreta a protagonista Kátia, uma escritora bem-sucedida que começa a beber e desenvolve uma dependência. O papel foi muito significativo para a atriz, que revelou o desejo antigo de fazer um trabalho relacionado ao alcoolismo, devido a uma história pessoal em sua família.

A mãe de Dieckmann, Maíra, que faleceu em 2019, desenvolveu um quadro de dependência alcoólica após o fim de seu casamento com o pai da atriz, Roberto:

“Meus pais se separaram quando eu estava na adolescência, e minha mãe, durante alguns anos, bebeu bastante. Tenho essa lembrança dela se anestesiando. E a gente – eu, meus irmãos e meu pai – a enquadrava como alcoólatra, porque ela ficou bebendo por alguns anos. Depois, ela parou totalmente, até que voltou a beber socialmente”, afirmou.

“O álcool deixou uma marca muito grande na minha vida, especialmente em um momento muito importante da minha relação com minha mãe, na tristeza que eu vi, de ela não dar conta e precisar se anestesiar de alguma maneira”.

Ela destacou como foi doloroso ver a mãe passando por aquela situação: “Era uma dor, né? Ver a mãe sofrendo é uma coisa muito, muito forte. Estava ali, me tornando mulher, com 13, 14 anos, começando a trabalhar, me entendendo nesse mundo feminino e vendo minha mãe sofrer de amor, bebendo. Isso me marcou profundamente.”

Para a artista, a história de sua família foi fundamental para que ela desenvolvesse mais responsabilidade ao ingressar no mercado de trabalho:

“Comecei a beber muito tarde, aos 30 anos, socialmente, porque eu tinha essa história com minha mãe. E também, quando comecei a trabalhar, lembro da minha mãe dizendo para mim: ‘Filha, você vai entrar num mundo de adulto, você ainda não é adulta, e, se eu sentir que você, de alguma maneira, está escorregando, não vou deixar mais você trabalhar, porque estou confiando em você’. Isso me deu um passaporte de responsabilidade.”

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Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, é repórter multimídia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Antes passou pela TV Alterosa. Escreve, em colaboração com a Itatiaia, nas editorias de entretenimento e variedades.