Conhecida mundialmente por ser um símbolo sexual, Pamela Anderson, nos últimos anos, adotou uma vida reclusa e longe dos holofotes. Cenário que começou a mudar no ano passado quando virou tema do documentário ‘Pamela Anderson: Uma História de Amor’ e, agora, ao protagonizar o filme ‘The Last Showgirl’, que lhe garantiu uma indicação ao Globo de Ouro.
A atriz, que há alguns anos poderia ser considerada fadada ao ostracismo, concorre, em 2024, com artistas consagradas, como Angelina Jolie, Fernanda Torres, Kate Winslet e Tilda Swinton pelo prêmio de melhor atriz no Globo de Ouro. E ela vive um desfecho, que pode ser considerado inesperado, tanto para ela quanto para o grande público.
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Conhecida por papéis sensuais em filmes e séries, como “Baywatch - S.O.S Malibu” e “Barb-Wire”, que foram sucessos comerciais na década de 1990, ela passou a ser escalada apenas para produções em que ela encenava ‘a mulher bonita’ sem muita profundidade. Esse cenário, que já era incomodo para Anderson na época, foi agravado pelo escrutínio do público, quando ela teve uma fita VHS roubada e, em seguida, vazada na qual ela fazia sexo com o ex-marido Tommy Lee. A situação que, deveria ter sido tratada com um crime, se tornou chacota para imprensa americana e internacional.
Com lançamento do documentário “Pamela Anderson: uma história de amor”, no ano passado, o mundo teve acesso a uma nova perspectiva sobre a vida da atriz. A partir dos relatos de uma infância conturbada, abusos sexuais e exploração da mídia, foi possível conhecer as facetas de Anderson, até então, ignoradas por Hollywood e desconhecidas pelo grande público, a de uma mulher sensível, vulnerável e talentosa.
Características, que para Gia Coppola, diretora do filme “The Last Show Girl”, foram cruciais para a escolha de Anderson como protagonista. “Eu me deparei com uma foto dela [Pamela Anderson] enquanto ela estava promovendo o documentário e eu tive esse sentimento gutural, ‘e se fosse ela?’. Eu não sabia muito sobre ela [Pamela] na época. E depois um meu primo me disse: ‘Eu sei quem é a sua Shelly’, é a Pamela. Veja o documentário dela’. E eu assisti e disse: ‘você está absolutamente certo, ninguém mais pode interpretar Shelly’”, contou Coppola.
O documentário e o filme chegaram à Anderson em momento que, segundo ela ‘já tinha desistido do mundo’. Em entrevista ao jornal ‘O Globo”, ela comentou sobre a importância de protagonizar ‘The Last Showgirl’. “Eu me sinto como se estivesse prendendo minha respiração há décadas, porque sabia que era capaz de fazer outras coisas para além do que estava fazendo na minha carreira. Estou muito feliz por me redescobrir como atriz”
The Last Showgirl
Dirigido por Gia Coppola e estrelado por Pamela Anderson, o filme de ‘The Last Show Girl’ conta a história de Shelly, uma dançarina de Las Vegas que está encerrando a carreira. A retrata o processo de busca de Shelly por um novo lugar no mundo e na sociedade, após se dedicar a vida inteira à dança e ao encanto da vida noturna de Las Vegas.
