Ex-apresentador da Globo, Otaviano Costa, de 51 anos,
Otaviano explica que passou por uma consulta médica em 6 de junho, quando foi submetido ao exame. “Ele detectou o avanço de algo que estava colocando a minha vida em risco. Eu estava com Aneurisma da Aorta Ascendente Torácica num nível muito perigoso”, disse.
O apresentador explica que não teve sinais de que estava doente. “Poderia a qualquer momento ter o rompimento da minha aorta e ser irreversível”, relata. Por causa do diagnóstico, Otaviano passou por uma cirurgia em um hospital de São Paulo e se recupera desde então.
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Diagnóstico de Otaviano Costa
O Cardiologista Dr. Augusto Vilela, CEO do instituto do coração de fortaleza, explica sobre a doença que levou o apresentador a ser hospitalizado e a passar por cirurgia.
No vídeo, Otaviano comenta que sua válvula aórtica ao invés de tricúspide é bicúspide. “A válvula aórtica bicúspide é uma anomalia congênita em que a válvula aórtica, que normalmente tem três folhetos (ou cúspides), possui apenas dois. Isso pode levar a uma série de complicações ao longo da vida, incluindo estenose (estreitamento da válvula) e insuficiência (vazamento da válvula)”, esclarece o médico, que esclarece que muitos pacientes podem ser assintomáticos por anos.
“No entanto, com o tempo, podem desenvolver sintomas como falta de ar, dor no peito, fadiga e palpitações. As complicações incluem estenose aórtica, insuficiência aórtica e um maior risco de endocardite infecciosa. Além disso, esta condição está frequentemente associada ao desenvolvimento de aneurismas da aorta ascendente”, acrescenta.
Sobre o aneurisma de aorta torácica, ele pontua: “Um aneurisma de aorta torácica é uma dilatação anormal da aorta, a maior artéria do corpo, que passa pelo tórax. A dilatação enfraquece a parede da aorta, aumentando o risco de ruptura, o que pode ser fatal. Aneurismas são frequentemente assintomáticos até atingirem um tamanho crítico ou se romperem”.
Cirurgia e recuperação
O médico explica, ainda, o procedimento em que Otaviano Costa foi submetido. “Esse procedimento envolve a remoção da válvula aórtica defeituosa e sua substituição por uma válvula artificial ou biológica. Além disso, o segmento dilatado da aorta é substituído por um enxerto sintético para prevenir a ruptura”, comenta.
Segundo o médico, a cirurgia “pode prevenir a ruptura da aorta e melhorar significativamente a qualidade de vida e a expectativa de vida do paciente”.
Referente ao período de recuperação, ele esclarece que “varia de paciente para paciente”. No entanto, “geralmente envolve uma estadia hospitalar de cerca de uma semana, seguida por várias semanas de recuperação em casa”, diz.
Os pacientes, neste período, “são monitorados de perto e devem seguir diretrizes específicas para atividade física e cuidados com a ferida cirúrgica”. O médico acrescenta: “A reabilitação cardíaca também pode ser recomendada para ajudar na recuperação”.
