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Esposa de Zé Vaqueiro pede doação de sangue e compartilha experiência com filho

Arthur nasceu com síndrome de Patau e está prestes a completar um ano de vida

Ingra Soares com filho Arthur

A esposa do cantor Zé Vaqueiro, Ingra Soares, fez um pedido especial de ajuda nas redes sociais. Ela explicou que um banco de sangue em Fortaleza, no Ceará, está precisando de doações para “continuar salvando vidas”. A influenciadora aproveitou ainda para compartilhar sua experiência com o filho, Arthur, de apenas onze meses, que nasceu com síndrome de Patau.

“Oi pessoal de Fortaleza e região, gostaria muito de contar com a ajuda de vocês. É sobre a doação de sangue, é um assunto muito importante e a @fujisanbs está precisando de abastecimento para continuar salvando VIDAS!”, escreveu ela.

Ingra explicou como recebeu ajuda para o filho, Arthur. “O nosso filho Arthur precisou de sangue e eles nos ajudaram muito com isso. E como forma de gratidão venho aqui humildemente pedir a quem puder ajudar a @fujisanbs com a sua colaboração ficaremos imensamente gratos”, disse.

Ela destacou que o estoque está em “estado de emergência com vários grupos sanguíneos em falta devido à queda de doações voluntárias”. “Por isso estou aqui pedindo essa ajuda para não ocorrer dos pacientes ficarem sem abastecimento das bolsas de sangue”, ressaltou.

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Síndrome de Patau

Arthur nasceu com uma má-formação congênita associada à síndrome da trissomia do cromossomo 13, mais conhecida como síndrome de Patau, uma condição rara que afeta um em cada quatro mil nascimentos.

“O desenvolvimento dessas crianças, muitas vezes, leva ao aborto. No entanto, quando o bebê nasce ele pode ter muitas anormalidades que podem levar ao óbito antes de um mês. O quadro clínico de crianças com síndrome é variável, e algumas podem ter uma vida mais longa”, esclarece o geneticista Marcos Aguiar, professor aposentado de pediatria da UFMG e criador do serviço de genética do Hospital das Clínicas.

Ingra soube que a criança tinha a síndrome rara ainda quando estava grávida. “Quando eu engravidei do Arthur, algo que a gente faz quanto tá grávida, fica querendo escolher o sexo, fica pensando em enxoval, fotos... E tudo isso eu pensei nas minhas três gestações e, nessa última, também pensei. Até então, não sabia do diagnóstico. E, quando eu soube do diagnóstico, eu interrompi tudo isso, né? Só queria que fosse menino pra poder ficar no quarto com o Daniel, fazer a caminha igual e tudo”, disse ela.

“Alguns pontos mais importantes, a gente deixa passar, que é de pedir a Deus, que venha com muita saúde, não que eu não tenha pedido. Mas a gente volta à nossa alegria, à nossa vontade interior e desfoca dessas coisas mais importantes”, comentou.

A influenciadora disse se sentir culpada por ter pensando em outros detalhes e não ter direcionado sua atenção nisso. “Sei que pode parecer bobagem, que pode não ter nada haver o que tô falando, é um desabafo meu. Eu lembro que quando começou a sair algumas coisas na internet, muitas mulheres vieram comentar nas minhas fotos: ‘Ah, ela nem tem fotos gestante, não fez fotos na gravidez do Arthur’, e eu parava pra ver como as pessoas têm o pensamento pequeno comparado ao que você está passando”, recordou.

No quarto juntamente com o filho, ela desabafou. “Fico olhando todos esses aparelhos, todo o contexto assim, da situação, e fico me perguntando o quanto é difícil, o quanto a gente tem que ser forte. Somente agradecer a Deus”.

A influenciadora encerra com um conselho. “Se você pensar muito no amanhã, sua vida se resumirá em tristezas. Não fique ansioso. Só pense que o amanhã será maravilhoso, cheio de bençãos. O dia de amanhã só pertence a Deus”.


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Natasha Werneck é jornalista formada pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). Foi repórter de Política e Cultura do Jornal Estado de Minas e já atuou em portais como Hugo Gloss e POPline. Foi estagiária da Itatiaia e retornou à empresa em 2023, como repórter de Entretenimento.