‘Guerra Civil’, novo filme de Wagner Moura, explora polarização política em ano eleitoral nos EUA

Ator brasileiro vive jornalista em longa que estreia nesta quinta-feira (18) e mostra ‘efeitos nefastos da polarização’

Wagner Moura como Joel em ‘Guerra Civil’

A nova produção estrelada por Wagner Moura, “Guerra Civil”, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (18). Ao lado de Kirsten Dunst, o brasileiro ganhou destaque no novo longa da produtora A24, escrito e dirigido por Alex Garland, de “Ex_Machina: Instinto Artificial” e “Aniquilação”.

O filme mostra “os efeitos nefastos da polarização” política, conforme Moura explicou durante participação no podcast PodPah, na última terça-feira (16). “A gente sabe bem o que é aqui e os americanos sabem bem o que é isso lá. Portanto, não tem uma agenda ideológica. Você não pode dizer que ele é um filme direita, nem que ele é um filme de esquerda. Ele é um filme que diz: ‘A polarização pode levar a conflitos sociais sinistros’”, afirmou o ator.

Antes de chegar aos cinemas brasileiros, “Guerra Civil” já estreou nas telonas estadunidenses em um período emblemático: ano de eleições presidenciais, que prometem ser marcadas por polarização de ideologias dos republicanos e democratas. “Esse é um filme que captura essa ansiedade política, que a gente vive também aqui no Brasil. É um filme sobre os efeitos da polarização política. A maior ameaça à democracia moderna no mundo hoje é essa polarização”, destacou Moura.

Bem recebido pela crítica especializada, o longa estreou com 88% de aprovação no Rotten Tomatoes, porcentagem considerada de altíssima aprovação. Atualmente, com mais de 200 análises, o filme ainda tem 82% de aprovação da crítica, nota considerada alta, somando elogios pela representação do conflito.

No longa, o brasileiro vive Joel, um jornalista que participa da cobertura da guerra civil dos Estados Unidos. Ainda falando do cenário de polarização, Moura se disse assustado pela pouca importância dada à atuação dos jornalistas. “O jornalismo deixou de ter uma importância grande, as pessoas deixaram de ler jornal. O fato, a notícia, deixou de ter importância. Me assusta muito isso aí", afirmou.

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Qual a história de ‘Guerra Civil

O longa acompanha Lee Smith e Joel, parte de um grupo de jornalistas que acompanha uma guerra civil nos Estados Unidos. Em um mundo distópico, o país enfrenta o primeiro conflito interno desde 1865. Desta vez, 19 dos 50 estados se separaram da União, e as Forças Ocidentais do Texas e da Califórnia enfrentam diretamente a força militar do governo em vigor.

“O filme não explica como é que isso começou, como é que começou a história. Não, o filme não toma partido”, destacou Moura durante participação no PodPah. “O filme é visto sobre a ótica de jornalistas que, por natureza, têm que ser imparcial. Têm que dizer: 'É isso que está acontecendo, você veja o que acha disso’”, completou o ator.

Enquanto a personagem de Kirsten Dunst é uma famosa fotojornalista especializada em guerras, o papel do brasileiro é de um jornalista que pretende conseguir entrevistar o presidente dos Estados Unidos. Os dois são acompanhados por um veterano da profissão, vivido por Stephen Henderson (“Duna”) e uma iniciante, interpretada por Cailee Spaeny (“Priscilla”).


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Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.


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