Ana Hickmann contou que a relação com Alexandre Correa se tornou “um grande negócio” e que estava separada do marido fisicamente desde janeiro deste ano. Em relato emocionante ao “Domingo Espetacular”, a apresentadora detalhou os fatos que antecederam a agressão do empresário, de quem ela pediu divórcio na quarta-feira (22) passada.
“Num determinado momento da nossa vida eu comecei a perceber que não tinha mais amor ali, era um grande negócio, mas quem estava ao nosso redor me fazia acreditar que eu estava louca. ‘Você tá louca, ele te ama. Está fazendo isso tudo para proteger vocês. Ele é o cara’”, recorda a apresentadora em parte da entrevista.
“No dia 1º de janeiro deste ano, eu falei ‘chega’. Eu não sou um objeto, se você quer levar isso como trabalho eu já entendi. Marido e mulher aqui não existem mais. Tirei ele do meu quarto, tirei a aliança da minha mão, achei que as pessoas iam perceber isso. As pessoas estavam tão acostumadas com aquela situação toda, que ninguém percebeu. Foi quando meu filho começou a presenciar brigas nossas com mais frequência”, acrescenta.
Ainda durante o relato, Ana disse que o marido, além de administrar as finanças, controlava até o peso dela. “Ele controlava a minha agenda para qualquer coisa. Ele determinava quando era o dia da academia, quando era o médico, inclusive, estava me perseguindo para fazer uma cirurgia plástica após a gravidez do meu filho”, conta.
Ana detalha agressões
Ana Hickmann esteve em uma delegacia de Itu, no interior de São Paulo, no dia 11 de novembro, onde registrou boletim de ocorrência contra Alexandre Correa por violência doméstica e lesão corporal. Durante o “Domingo Espetacular”, a apresentadora deu detalhes sobre a agressão que sofreu naquele dia.
Segundo Ana, a confusão começou após ela explicar ao filho que muitas “mudanças” podem ocorrer na vida dele com relação a “algumas coisas que ele está acostumado” - se referindo às dívidas. Em certo momento, a briga intensificou e ela pediu que a funcionária que estava na casa levasse o pequeno para o anexo que tem no imóvel.
“Eu comecei a gritar pedindo socorro. Eu gritava ‘socorro, chama a polícia. É 190'. Eu consegui me desvencilhar dele e fui para a cozinha. Fiquei com muito medo. A minha cozinha tem uma porta de correr e a gente começou a brigar. Ele tentando segurar a porta aberta e eu tentando fechar. Quando ele viu que não ia conseguir deixar a porta aberta, ele pega e a bate com toda a força na mão que eu estava segurando o celular”, recorda.
“Ele veio sim para me dar uma cabeçada. Ele jogou o corpo para me dar uma cabeçada, e só não me acertou porque eu me esquivei. E, no que me esquivei, fui buscar meu celular que estava perto da churrasqueira e falei ‘se você vier para cima de mim eu vou chamar a polícia’. Falei isso, uma, duas, três vezes... ", continua.
Ela acrescenta: “A adrenalina estava tão forte que eu não sentir dor. Os meus cachorros estavam atrás de mim. A Fanny e o Joaquim. Eles estavam latindo muito por conta da briga. Toda vez que o Alexandre gritava os cachorros ficavam muito alterados dentro de casa e eu gritei ‘pega’. O Joaquim pegou. Ele voou para cima dele e eu consegui fechar a porta e travar as janelas também. Só não consegui fechar a janela que ficava em cima da pia.”
“Nesse momento, quando me sentei, já não mexia mais no meu braço, estava bem inchado, não conseguia mais ter movimento. Coloquei o celular em cima da mesa e ele foi em direção a cozinha e gritou para eu largar o celular [...] Liguei 190. Foram três toques e a policial atendeu do outro lado. Ainda bem que existe o 190, porque se eu não tivesse ligado ele tinha passado por aquela janela e eu não sei o que poderia ter acontecido. O Alexandre ficou muito alterado”, destaca.
Pedido de divórcio
Na quarta-feira passada, Ana entrou com pedido de divórcio pela lei Maria da Penha para que o processo de separação seja feito o mais rápido o possível. “A Lei está para nos proteger, ela foi criada por causa de uma mulher que foi vítima de violência e tantas outras, eu cansei de dar isso todos os dias dentro do ‘Hoje em Dia’. A lei está cada vez mais forte, ela me protegeu sim”, inicia.
Sobre o processo movido em cima da lei, ela explica: “Muito mais rápido porque fica muito claro que aquele relacionamento não pode existir, porque se não a gente tem que provar que aquele relacionamento pode ser tentado.”
A apresentadora conta que optou por se cercar de “segurança emocional, jurídica e física” antes de falar sobre ocorrido. “Eu ainda vou contar um outro final dessa história”, finaliza.
O que diz Alexandre?
Em nota enviada ao dominical, Alexandre Correa declarou que “não possui arma de fogo e que não agrediu a apresentadora em 25 anos de relacionamento”. O documento acrescenta, ainda, que “sua inocência será comprovada no final do processo” e que o filho deles é a “verdadeira e única vítima desse episódio conjugal.”
Além disso, ele encaminhou uma certidão de antecedentes criminal para comprovar que não tem passagens pela polícia.