A cantora Preta Gil, de 49 anos, relembrou o fim do casamento com o educador físico Rodrigo Godoy, de 34, em entrevista divulgada pela revista Veja nesta sexta-feira (6). Na ocasião, ela, que está em processo de reabilitação após retirada do tumor cancerígeno, disse que só sobreviveu por ter focado nela e que suas “cicatrizes” fazem parte da sua história.
“Tive etapas difíceis, de químio, radioterapia, uma cirurgia complicada de histerectomia total. Essa dor toda afeta, é claro. Se eu não focasse em mim, não ia sobreviver a esse estresse todo. Apesar de tudo, sobrevivi”, contou em bate-papo com a Veja.
No decorrer do ano, em meio a descoberta do câncer e da infidelidade do marido com uma ex-funcionária, Preta explicou que precisou lidar com “uma bomba dentro da bomba”. Neste período, a cantora recebeu a ajuda de psicólogos, psiquiatras, oncologistas e clínico geral. Além disso, devido ao estresse, precisou tomar calmante para ansiedade.
Sobre a traição do marido, ela conta que só descobriu depois, mas que ele já era infiel “fazia tempo” e que tudo fez sentido para ela depois. “Você sente a pessoa distante, diferente, fria, acha que é uma crise. Depois, tudo faz sentido”. A decisão de se separar foi dela.
Hoje, o objetivo de Preta é “morrer muito velhinha” para ver a neta, de 7 anos, crescer e seguir ao lado da família. “Eu quero envelhecer, viver e produzir muita coisa ainda. Amo a vida, tenho vontade de morrer muito velhinha. Então me apeguei a isso para chegar à cura”.
Impedida de estar no Carnaval deste ano, a filha de Gilberto Gil quer subir no trio elétrico do Bloco da Preta em 2024. “Acho que até fevereiro já vou estar muito mais fortalecida, porque o processo de cura também tem a ver com reabilitação. Depois de passar por tudo o que eu passei, quero celebrar meu ‘Carnaval da cura’”, finalizou.
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Segunda Cirurgia
Nas redes sociais, a filha de Gilberto Gil exibiu várias imagens com a bolsa de ileostomia e esclareceu que fará um novo procedimento cirúrgico daqui a um mês e meio. “A minha segunda cirurgia é para retirar a bolsa e reconstruir o meu trato intestinal - você religar o intestino. Essa cirurgia é mais simples, mas minha recuperação no pós também é delicada e requer muita dedicação”, destacou.
Na primeira cirurgia, os médicos precisaram remover praticamente todo reto da cantora para retirada do tumor e, por isso, ela possui apenas um centímetro e meio da parte final do intestino grosso. “Por não ter mais o reto, as fezes saem do intestino praticamente direto para o esfíncter. Isso requer fisioterapia, uma dedicação minha, dos médicos, enfermeiros, técnicos, para que eu possa ter esse controle o mais rápido possível. Tanto de expulsar quanto de segurar as fezes”, detalhou.
Na ocasião, Preta falou sobre o “drama” que sentiu ao ter que usar a bolsa de ileostomia, no entanto, com o passar dos dias, ela começou a entender a importância dela para o seu tratamento e de outras pessoas. “Quando eu saí da cirurgia, eu fiquei estranhando. E de repente eu comecei a entender, ver e ouvir histórias, de como a bolsa salvou vidas. Pessoas que poderiam morrer de câncer ou usar a bolsa. A bolsa é uma salvação [...] Ainda estou me acostumando e vou testando algumas coisas, mas eu praticamente já me acostumei com ela. Vou usando roupas que eu consigo me sentir melhor, entendendo como é isso. Questão de costume, vivência, e você vai aprendendo a lidar”, finaliza.