Zarina Hashmi foi uma importante gravurista indiana-americana nascida nascida Aligarh, na então Índia Britânica, e que se tornou um dos principais destaques do movimento minimalista. Neste domingo (16), o Doodle do Google homenageia o que seria o 86º aniversário de Hashmi.
A Partição da Índia
Nascida em 16 de julho de 1937, Hashmi e seus irmãos tiveram uma infância boa na Índia até 1947, quando ocorreu a Partição da Índia, evento que daria origem aos estados independentes da Índia e do Paquistão, para onde a pequena Hashmi foi com a sua família.
O casamento
No início da vida adulta, a jovem passou a viajar pelo mundo após se casar com um diplomata estrangeiro e foi no Japão onde teve contato com a arte que a tornaria uma lenda: a gravura. A grosso modo, a técnica da gravura consiste na produção de imagens a partir de material de suporte duro, como madeira, pedra ou metal, usado como entalhe.
Ideais Feministas
Aos 40 anos, em 1977, Zarina Hashmi se mudaria para Nova York, nos Estados Unidos, onde teve contato com ideais feministas e se uniu ao Heresies Collective, uma revista de cunho feminista cujas publicações faziam interseção entre política, justiça social e arte.
Seu período nos EUA foi muito produtivo dos pontos de vista artístico e político, e ela organizou exposições sobre artistas do Terceiro Mundo nos EUA e lecionou no Instituto de Arte Feminista de Nova York.
Arte minimalista
Sua arte é reconhecida entre o movimento minimalista graças à maneira característica do entalhe aplicado à madeira para formar o “carimbo” com o qual a imagem é gravada em uma superfície.
Influenciada pelo abstracionismo e pelo minimalismo com o qual teve no Japão, Hashmi produzia materiais de arte semiabstratos de cidades e casas onde viveu, além de frequentemente apresentar inscrições em Urdu, seu idioma nativo, e elementos geográficos de inspiração islâmica.
Zarina Hashmi faleceu em 25 de abril de 2020 em Londres, Reino Unido.
Legenda A homenagem feita hoje pelo