Casados em 1962, Tina Turner, que morreu nesta quarta-feira (24), e seu ex-marido Ike Turner protagonizaram um dos casais mais abusivos da história da música estadunidense. A dona de hits, como “The Best” e “What’s Love Got To Do With It”, sofreu abusos físicos e psicológicos durante o casamento que durou 16 anos.
Em sua autobiografia, Tina conta que durante o relacionamento ela teve a mandíbula fraturada, o nariz quebrado e múltiplos olhos roxos após sofrer agressões de Ike. A cantora também relata que o ex-marido costumava usar cocaína e obrigá-la a ter relações sexuais.
No livro, a cantora relembra que nos momentos mais difíceis ela acreditava que a morte seria a única saída do relacionamento. “Eu realmente tentei me matar, mas eu sai da escuridão acreditando que eu fui marcada para sobreviver”, escreveu.
O casal se conheceu em 1957, quando Ike tocou na com sua banda “Kings Of The Rhythm”, na boate em que a irmã de Tina trabalhava. De acordo com o portal Dailymail, em uma noite, enquanto a cantora assistiu a performance da banda, ela roubou o microfone e começou a cantar.
O ato chamou a atenção dos integrantes da banda que a convidaram para fazer parte do grupo. Depois disso, a carreira de Tina deslanchou e Ike começou a ser seu produtor.
Os dois começaram um romance, e em 1962 se casaram. Em uma entrevista, Tina confessou que Ike a obrigou a ir em um bordel na noite do casamento. “A experiência foi tão perturbadora que eu suprimi, a risquei e criei um cenário diferente, uma fantasia do desenvolvimento romântico”, contou.
Em 1976, Tina conseguiu o divórcio de Ike. O ex-marido, no entanto, detinha todos os lucros da carreira da cantora, e a deixou com apenas U$ 0,36 na conta.
(Sob supervisão de Luiza Rocha)
