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Rita Lee, maior estrela do rock nacional, viveu 75 anos com aura de ‘jovem mística’

Morte da cantora foi divulgada nesta terça-feira (9) pela família

Rita ajudou a criar Os Mutantes, grupo que juntou psicodelismo e música nordestina nos anos 1960

A música brasileira se despede de Rita Lee. Uma das maiores estrelas do rock nacional morreu no fim da noite de segunda-feira (08) em decorrência de um câncer. A família confirmou a morte na manhã desta terça (9).

Responsável por uma lista interminável de hits, Rita marcou época e renovou gerações de fãs, desde o início nos Mutantes, Tutti Frutti e na carreira solo.

Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa (Rita Lee, em sua autobiografia)

Relembre alguns destes momentos na homenagem que a Itatiaia fez à cantora em seu último aniversário, em 31 de dezembro do ano passado:

Rita Lee, aos 75 anos, abandonou o show bis para se dedicar a cuidar de plantas no interior de São Paulo e curtir a vida como ela sempre fez, tomando banho de sol como um bicho-preguiça, algo que ela já anunciava na década de 80, quando lançou “Baila Comigo”, mais um sucesso de seu repertório.

A carreira da ruiva mais debochada do Brasil começou quando ela conheceu os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, virtuoses instrumentistas e, com eles, criou Os Mutantes, grupo que juntou psicodelismo a música nordestina e abalou as estruturas do cenário cultural brasileiro, despertando o interesse até dos Tropicalistas.

Com Gilberto Gil, eles apresentaram “Domingo no Parque” no Festival Internacional da Canção e desafiaram os arranjos ousados do maestro Rogério Duprat.

Depois de sucessos como “Panis et Circenses”, “Ando Meio Desligado”, “Bat Macumba” e “Não Vá Se Perder Por Aí”, Rita deixou o grupo de forma litigiosa e jamais voltou a se entender com os antigos companheiros.

Mas o destino da “ovelha negra” da música brasileira já estava traçado e era uma trilha de sucessos.