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Marília Mendonça: Polícia Civil abre investigação do vazamento de fotos da autópsia

O órgão afirma que levantamentos estão sendo realizados para identificar pessoas com acesso ao laudo divulgado

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou na noite desta quinta (13) uma nota afirmando que instaurou um processo administrativo para apurar as circunstâncias do vazamento das fotos da autópsia da cantora Marília Mendonça.

As imagens foram divulgadas nas redes sociais, o que gerou revolta em familiares, que pediram respeito com a situação e pediram que as pessoas não compartilhassem os documentos.

De acordo com a PCMG, ‘o sistema onde ficam armazenados os documentos investigativos são auditáveis e que a Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP) já está realizando os levantamentos com vistas a identificar todos os acessos ao referido laudo’.

Por fim, o órgão afirma não concordar com o ato, que está sendo apurado para esclarecimento dos responsáveis.

Indignação

A artista que carregava o título de ‘Rainha da Sofrência’ morreu vítima de um acidente aéreo em Piedade de Caratinga, Minas Gerais, em novembro de 2021.

A família da cantora já estaria atuando com medidas legais em relação ao caso. O advogado Robson Cunha, responsável por ações que envolvem Marília, está envolvido de acordo com informações da jornalista Fábia Oliveira, do Metrópoles.

Em nota divulgada à imprensa, a família de Marília explicou a posição diante da situação e reforçou o pedido para as fotos não sejam divulgadas. A mãe da cantora pediu ainda que as pessoas tenham respeito e empatia e entendam que há uma família que sofre toda vez que situações como esta ocorrem.

Nota da família

O advogado que representa a família, Dr. Robson Cunha, manifestou total indignação com o material divulgado – leia abaixo a nota na íntegra.

“É inconcebível que documentos exclusivos de um inquérito policial que corre em sigilo e com restrições de acessos tenham sido divulgados de forma irresponsável, desumana e criminosa.

Durante todo o tempo, desde o acidente até a liberação dos corpos, trabalhamos incansavelmente para que uma situação grave como essa não ocorresse. O Estado é o responsável pela guarda e proteção das informações e documentos que estão sob a sua tutela. Isso é um fato gravíssimo e tanto o Estado quanto os agentes que divulgaram a imagem devem ser responsabilizados.

Informo ainda, que aqueles que divulgam e continuam a repassar esse tipo de conteúdo estão incorrendo também em crime e podem ser responsabilizados judicialmente. Peço que as pessoas se sensibilizem com a dor e sofrimento dessa família e não façam a divulgação desse material”.

Formado em Jornalismo pelo UniBH, em 2022, foi repórter de cidades na Itatiaia e atualmente é editor dos canais de YouTube da empresa.
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