A atriz Ludmila Dayer, de 39 anos, revelou na noite dessa quarta-feira (28) que foi diagnosticada com esclerose múltipla - doença que, segundo ela, foi desencadeada pelo vírus EBV - Epstein-Bar. Ela descobriu a doença após apresentar perda de visão, memória, queda de cabelo e fraqueza no corpo.
Sucesso em ‘Malhação’ nos anos 2000, Ludmila soube que estava com a doença no fim do ano passado. No entanto, ela preferiu esperar ficar melhor para falar sobre a doença. “Foi uma experiência dolorosa. Por isso, eu tive que mudar de alimentação. Há dois anos eu comecei a me sentir muito mal, eu era uma pessoa que praticava muitos esportes, malhava, achava que era uma pessoa saudável. De repente meu corpo começou a ficar esquisito, não funcionar direito, em meados de 2019. Eu estava passando por muito estresse na época e eu achei que era isso”, começou.
No ano seguinte, logo no início da pandemia, ela foi diagnosticada com Covid-19 enquanto estava na Ásia e quase morreu. “Depois do Covid, eu não fiquei totalmente boa. Comecei com sintomas muito estranhos, passei a ter perda de memória, de reflexos, um problema atrás do outro. Queda de cabelo, perdi colágeno, tinha fraqueza, desmaiava, comecei a perder a visão. Gente, eu comecei a viver um inferno”, explicou.
“Aí eu comecei a fazer vários exames e fiquei em média um ano sem saber o que tinha. Comecei a ter pânico junto, aí quando ninguém fala o que você tem, você começa a se sentir maluca [...] Comecei a fazer uma jornada muito forte por causa do pânico e todos os problemas emocionais que estava passando. Comecei a fazer terapia, tratamento mais espiritual para me conectar comigo. Mas em cima disso, minha saúde ficava cada vez pior”, acrescentou.
No fim do ano passado, um médico de Los Angeles (EUA) a diagnosticou com EBV, vírus que, de acordo com a atriz, é muito comentado no país norte-americano. “O EBV é um vírus que praticamente todos nós temos, da família do vírus da herpes, e depois que fica doente pela primeira vez ele fica adormecido para o resto da vida. Só que em algumas pessoas esse vírus acorda e fica reativo, causando vários distúrbios no corpo. Problemas de falta de energia… ele entra dentro da célula, é bem complexo e muito difícil de diagnosticar”, contou.
“No meu caso, ele desenvolveu uma doença, que graças a Deus fui diagnosticada logo no início e eu tive tempo de cuidar mais rápido. Eu fui diagnosticada com esclerose múltipla no final do ano passado. Meu mundo caiu, porque a esclerose é uma doença crônica e eu tô no auge dos meus trabalhos [...] Foi uma loucura. A gente passa por todas as dificuldades, mas quando é com a saúde a gente fica vulnerável”, disse.
Alimentação
Após a descoberta, a atriz começou a estudar sobre a doença e o que ela podia fazer para se sentir melhor. “Foi muito interessante porque eu comecei a estudar o que tinha e a desmistificar a doença [...] Como eu sou muito focada em tudo que eu faço, comprei vários livros. Vou aprender tudo que eu puder, porque independente dos médicos, eu vou tentar me curar ou viver de uma maneira que eu viva sem sintomas para voltar a ter uma vida normal”.
“Meu médico maravilhoso falou pra mim logo de cara: ‘O que a gente chama de doença crônica, é porque é aquilo que a gente ainda não descobriu a cura, mas não quer dizer que não exista uma cura de alguma maneira ou não quer dizer que não exista um tratamento alternativo’. O único tratamento que existe para o EBV hoje é através da alimentação”, completou.
Sentindo os sintomas se agravarem, Ludmila mudou completamente a sua alimentação. “Descobri que estava cheia de inflamação no corpo. Eu ia tomar banho e o cloro da água irritava minha pele. Não conseguia ter dicção, visão, perdia meu raciocínio. Só chorava, rezava e pedia a Deus... Descobri que certos alimentos causam inflamação e outros desinflamam”, contou.
Na dieta, a atriz cortou carne, ovo, gordura, glúten, cafeína e álcool, que, conforme ela, inflamam o organismo e pioram os sintomas da doença.
Ludmila recebeu apoio de vários artistas nas redes sociais, incluindo da cantora Anitta e da também atriz Fernanda Rodrigues.
