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Boca bate Palmeiras nos pênaltis e enfrentará Fluminense na final da Libertadores

Final da Libertadores será em 4 de novembro (sábado), em jogo único no Maracanã, no Rio de Janeiro

Edinson Cavani fez o gol do Boca Juniors no tempo normal; semifinal foi decidida nos pênaltis

Na noite desta quinta-feira (5), o Boca Juniors, da Argentina, avançou à final da Copa Libertadores ao superar o Palmeiras nos pênaltis, por 4 a 2, depois de empate por 1 a 1 no tempo regulamentar. A partida, pela volta da semifinal, foi disputada no Allianz Parque, casa da equipe paulista, em São Paulo.

O duelo começou de maneira morna, com um Palmeiras mais controlador e um Boca Juniors disposto a “moer” o duelo na cera e nas entradas mais fortes. A postura “copeira” ganhou ainda mais força quando Cavani aproveitou jogada individual de Merentiel e abriu o placar.

Já no segundo tempo, com alterações importantes de Abel Ferreira, o Palmeiras foi quem tomou as rédeas no ataque com uma produção muito mais eficaz que na primeira etapa. Foi com Piquerez, em chute de fora da área, que a equipe empatou o jogo e transformou o estádio em um verdadeiro caldeirão.

Contudo, a partida foi para as penalidades máximas. O goleiro do Boca, Romero, foi herói ao defender as cobranças de Raphael Veiga e Gómez, e Valdez, Valentini, Figal e Guillermo Fernández fizeram e garantiram os argentinos na decisão.

A final da Libertadores será disputada no dia 4 de novembro, no Maracanã, no Rio de Janeiro. O Fluminense é o outro classificado e chegou à decisão após superar o Internacional na semifinai.

Recepção digna

Uma semifinal de Libertadores, naturalmente, é um confronto que reserva muitas expectativas aos torcedores das equipes envolvidas. Com os palmeirenses, a amostragem foi bastante digna antes mesmo da bola rolar.

As arquibancadas do Allianz Parque promoveram um mosaico para receber os dois times na entrada do campo, acompanhado de foguetes e sinalizadores. A palavra escolhida foi “obsessão”, que faz referência a um grito da torcida que utiliza o termo para se referir à Copa Libertadores da América.

Diferente do usual

O Palmeiras costuma utilizar os primeiros minutos das partidas para amassar o adversário e controlar a posse no campo de ataque. Nesta quinta-feira (05), porém, o cenário inicial foi de um jogo muito truncado, de um mandante pouco insinuante e de um Boca Juniors que conseguiu competir defensivamente.

O jogo se concentrou principalmente pelas beiradas do campo. Mayke e Piquerez, os dois alas do Palmeiras, tiveram uma série de oportunidades para levantar na área, raramente levando perigo ao experiente goleiro Sergio Romero.

Um visitante “chato”

Acomodado com o jogo morno, aos 22 minutos do primeiro tempo o Boca Juniors conseguiu o que tanto buscou e não atingiu na Bombonera: o gol. O tento saiu dos pés do uruguaio Edinson Cavani, principal jogador dos Xeneizes.

Na jogada, o ex-palmeirense Merentiel venceu duelo contra a marcação dupla de Zé Rafael e Gustavo Gómez. Em velocidade, o atacante conduziu pela lateral, infiltrou a grande área e deu cruzamento perfeito para Cavani que, de carrinho, abriu o placar no Allianz Parque.

Ao ataque

Ciente da ineficiência do Palmeiras no campo de ataque, Abel não tardou a remontar o sistema ofensivo de sua equipe. Logo no intervalo, Kevin e Endrick foram acionados pelo treinador nas vagas de Marcos Rocha e Artur, o que resultou em um 4-2-4 da equipe ofensivamente.

A melhora foi clara. Espetado pela direita, Endrick foi o grande responsável pelas primeiras reais criações do time, que resultaram em duas importantes defesas de Sergio Romero. Uma delas, cara a cara, dentro da área, em finalização do lateral-ala Mayke.

Postura copeira

Os jogadores do Boca Juniors, desde os primeiros minutos, tomaram uma postura bastante incisiva com a arbitragem. A cada falta no meio-campo, mesmo sem interferir diretamente no jogo, pequenos grupos de atletas rodeavam a arbitragem cobrando cartões ou revisão ao monitor do VAR.

A cera, também, não foi pouca. Em todos os tiros de meta, Sergio Romero optou em atrasar as reposições e trocar as bolas com os gandulas, tirando tempo do time palmeirense, que buscava o empate.

11 x 10

Aos 20 minutos do segundo tempo, o jogo mudou de panorama para o Boca Juniors. Mesmo com a postura prioritariamente defensiva, a equipe argentina esboçava alguns contra-ataques, o que praticamente parou por conta da expulsão do experiente zagueiro Marcos Rojo.

Já amarelado, o defensor chegou atrasado em entrada sobre Kevin e foi advertido com o segundo cartão. “Rua” para o argentino.

Furou a muralha!

Sergio Romero já vinha se consolidando como o grande destaque do Boca Juniors no segundo tempo, fazendo defesas importantes em chutes de Mayke, Rony e Zé Rafael. O aspirante a herói, porém, falhou no gol de empate do Verdão, anotado por Piquerez.

Frente a um enorme bloco defensivo dos argentinos, o lateral alviverde recebeu com liberdade na entrada da área, trouxe para a perna esquerda e chutou para o gol. Romero conseguiu chegar na bola, mas a espalmou para o fundo da rede.

Pressão

Com um jogador a mais, o Palmeiras seguiu em cima. A equipe teve uma chance com Rony, de bicicleta, mas Romero fez bela defesa e impediu o gol. Os palmeirenses tiveram novas chances sem grande perigo, e a decisão da vaga na final foi para os pênaltis.

Pênaltis

Cavani abriu as cobranças para o Boca, mas Weverton defendeu. Depois, a estrela de Romero começou a brilhar, ao defender a cobrança de Veiga. Valdez fez para os argentinos, e o goleiro visitante novamente foi decisivo, ao defender chute de Gómez.

Depois, somente acertos, o que beneficiou o Boca. Kevin e Piquerez marcaram para o Palmeiras, enquanto Valentini, Figal e Fernández fizeram para os argentinos e levaram a equipe para a final da Libertadores.

Palmeiras 1 (2) x (4) 1 Boca Juniors

Palmeiras

Weverton; Marcos Rocha (Kevin, no intervalo), Gustavo Gómez, Murilo e Joaquin Piquerez; Gabriel Menino (Flaco López, 23' do 2ºT), Zé Rafael (Fabinho, 33' do 2ºT) e Raphael Veiga; Mayke (Luis Guilherme, 33' do 2ºT), Arthur (Endrick, no intervalo) e Rony. Técnico: Abel Ferreira

Boca Juniors

Sergio Romero; Luis Advincula, Jorge Figal, Marcos Rojo e Frank Fabra (Marcelo Saracchi, 37' do 2ºT); Cristian Medina, Guillermo Fernández, Ignácio Fernández e Valentín Barco (Nicolas Valentini, 23' do 2ºT); Miguel Merentiel (Bruno Valdez, 11' do 2T) e Edinson Cavani. Técnico: Jorge Almirón

Motivo: volta da semifinal da Copa Libertadores
Data e horário: 5 de outubro de 2023, quinta-feira, às 21h30 (de Brasília)
Local: Allianz Parque, em São Paulo-SP
Árbitro: Andrés Matonte-URU
Assistentes: Nicolas Taran-URU e Martín Soppi-URU
VAR: Leodan González-URU
Transmissão: ESPN (TV fechada) e Star+ (streaming por assinatura)

Gols: Joaquin Piquerez (26' do 2ºT), para o Palmeiras; Edinson Cavani (22' do 1ºT), para o Boca Juniors;

Cartões amarelos: Rony (15' do 1ºT), Gustavo Gómez (40' do 1ºT), Raphael Veiga (43' do 1ºT) e Endrick (38' do 2ºT), do Palmeiras; Marcos Rojo (6' do 2ºT e 21' do 2ºT), Frank Fabra (24' do 2ºT), Jorge Figal (30' do 2ºT), Ignacio Fernández (31' do 2ºT), Cristian Medina (45' do 2ºT) e Sergio Romero (48' do 2ºT), do Boca Juniors

Cartões vermelhos: Marcos Rojo (21' do 2ºT), do Boca Juniors

Jornalista fascinado por futebol de base e análise de desempenho. Faz a cobertura de São Paulo e Palmeiras na Itatiaia após passagens por ESPN, Globoesporte.com e Band.
Matheus Muratori é jornalista multimídia com experiência em muitas editorias, mas ama a área esportiva. Faz cobertura de futebol, basquete, vôlei, esportes americanos, olímpicos e e-sports. Tem experiência em jornal impresso, portais de notícias, blogs, redes sociais, vídeos e podcasts.
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Responsável por acompanhar o dia a dia de Corinthians e Santos pela Itatiaia Esporte. Passagem também como repórter do portal Meu Timão