Na noite desta terça-feira (24), o Dando a Real com Leandro Demori, talkshow da TV Brasil, recebe seu primeiro convidado internacional: o músico inglês Roger Waters, fundador do Pink Floyd. Em bate-papo inédito e exclusivo com o jornalista Leandro Demori, no programa Dando a Real, da TV Brasil, Waters falou sobre música, política e se emocionou ao comentar a prisão do ativista Julian Assange.
Aos 80 anos, Waters retornou ao Brasil para uma turnê de sete shows, e a entrevista foi a primeira concedida por ele a um veículo brasileiro. O músico defendeu que os artistas devem usar suas vozes para falar contra as guerras e disse estar muito triste com o atual conflito entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, que controla a região da Faixa de Gaza, no Oriente Médio.
“Na minha opinião, você tem que seguir suas convicções políticas, especialmente se elas se baseiam em humanismo. É muito importante defender e dizer: pare o genocídio em Gaza. Eu estou quase chorando, sentado agora nesse estúdio de TV. Meu coração não está aqui em Brasília, está lá [em Gaza]”, afirmou.
Ao longo da conversa, Waters defendeu que as pessoas sentem e discutam, como se estivessem em uma mesa de bar, para que consigam compreender melhor os desafios atuais da humanidade. O jornalista Leandro Demori também perguntou a ele sobre o caso do ativista Julian Assange, preso em 2019 após o caso Wikileaks. Na ocasião, Assange publicou uma série de documentos sigilosos do governo dos Estados Unidos.
Waters contou que visitou Assange na semana passada e disse que a manutenção da custódia era “repugnante”. “Ele está sendo torturado. Ele não está sendo tratado como um ser humano. É uma situação horrível”, afirmou.
A banda de rock progressivo Pink Floyd alcançou enorme sucesso nos anos de 1970 com álbuns conceituais como The Wall (1979) e The Dark Side of the Moon (1973), que completou 50 anos em 2023 e entrou para a história da música. Waters se emocionou novamente quando Demori falou sobre a perda do pai no ano passado. O jornalista contou que pouco antes do falecimento, colocou o álbum para que o pai, já inconsciente, pudesse ouvir.
“Foi muito interessante nossa conversa sobre as guerras, mas também foi muito interessante quando a gente falou sobre música. É a primeira entrevista dele na América Latina, ele tem dado poucas entrevistas”, afirmou o apresentador.