O motorista de aplicativo, de 41 anos, suspeito de atropelar o Kayky Brito, 34, não tem dinheiro para consertar o carro e foi bloqueado pelo aplicativo de corridas. Isso foi o que Diones Coelho da Silva, disse a Splash, do UOL, em entrevista exclusiva publicada nesta quinta-feira (7).
“Não tenho como trabalhar [sem o carro]. Para a minha surpresa, o aplicativo me bloqueou, mesmo com as investigações apontando [até agora] uma fatalidade. Nunca tive nenhuma intenção de machucar o menino”, disse. O veículo é financiado.
O advogado de defesa contou que amigos e famílias criaram uma vaquinha para arcar com as despesas após o acidente.
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“O prejuízo foi avaliado em R$ 10 mil. O valor da franquia é de R$ 4 mil, mais a prestação do carro de R$ 1,7 mil mensais. O carro é o único meio de trabalho. Comprei o carro para trabalhar e se pagar, não tinha nem 10 mil quilômetros rodados. Nem sei o que fazer. Tenho dois filhos pequenos, e isso agrava ainda mais meu psicológico”.
Mas, o dano pode ser maior: ele pode deixar de faturar R$ 5 mil, valor importante no susto da esposa e dos filhos de 11 e 13 anos.
O trabalhador disse que está com a consciência tranquila. Mas disse que está muito abalado. “Abalado com o estado de saúde do Kayky, com a massificação da mídia. Fico pensando no filhinho dele, sou pai também”, disse a Splash.
O motorista não estava alcoolizado e transportava passageira na hora do acidente.
Relembra o caso
O atropelamento ocorreu no momento em que Kayky Brito tentava atravessar a avenida Lúcio Costa por volta das 1h da manhã do último sábado (2). Ele havia ido ao seu carro buscar alguns pertences e, quando foi voltar para o quiosque, foi atingido por um carro Fiat Argo. O veículo tentou desviar, no entanto, não conseguiu. Imagens de câmeras de segurança flagraram o exato momento do acidente.
Kayky foi socorrido e levado, inicialmente, para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon. No entanto, a pedido da família, o ator foi transferido para o Hospital Copa D’Or.