Quem é fã de verdade faz de tudo para ficar próximo do seu ídolo! É esse o caso dos fãs de Ivete Sangalo e Jorge e Mateus, que estão na Arena MRV, em Belo Horizonte, desde as 8h da manhã de hoje (6) para ver os artistas subirem ao palco na noite desta quarta-feira. O objetivo é o mesmo: conquistar um lugar junto à grade e, quem sabe, ter a oportunidade de conhecê-los de pertinho.
A autônoma Jéssica Alves, de 32 anos, é uma das fãs nessa situação. Ela terá que aguardar mais de 12 horas para o show da Veveta. “Cria da Ivete” há mais de 18 anos, ela justifica a atitude e explica que a baiana custa a vir para BH e, por isso, vale a pena fazer qualquer sacrifício para ficar perto dela.
“Eu cheguei cedo pra ver a mainha bem de perto. Ela custa a vir em BH e, quando vem, a gente tem que ver de pertinho. Sou fã da Ivete há mais de 18 anos. A simplicidade, a humildade, o axé, ela é perfeita, maravilhosa”, disse.
Dono de duas tatuagens em homenagem à cantora, Gabriel Theodoro, de 22 anos, saiu de Lavras, no Sul de Minas, para prestigiar o show da artista. “Eu acordei às 4h porque não moro aqui, porque sou de Lavras, Minas Gerais. Deixamos as coisas no hotel e vimos para cá, e eu ainda trouxe a minha chefe”, conta.
Gabriel aproveita o momento e explica o motivo de ter chamado a patroa para vir ao show da Veveta. “Acho que qualquer pessoa que convive comigo vê o meu amor pela Ivete, fica admirada pelas coisas que eu faço, shows, essa loucura e hoje ela veio experimentar esse mundo diferente”.
Fã da cantora há 12 anos, Gabriel diz que é “louco por ela”, tanto que possui duas tatuagens dedicadas à cantora. “Eu tenho duas tatuagens em homenagem à ela. Uma é o autógrafo e a outra é o nome da minha cachorrinha, Dalila, por causa da música”, compartilha.
Loucura de fã
A técnica de enfermagem Sandrine Rocha, de 28 anos, revela ter liderado uma multidão em um show da dupla Jorge e Mateus em Cláudio, no Centro-Oeste do estado.
"É um amor de anos. São mais ou menos uns 14 anos. O primeiro que conquista é a música, que bate no coração, a gente tá sofrendo e depois a gente vê o carinho que os cantores tem conosco e é isso que faz a gente fazer loucuras por eles”, começou.
“Já invadi a Arena em Cláudio por causa deles. A Arena nem tinha aberto, aí eu pulei a grade. O segurança viu que já não tinha mais jeito. Foi eu e mais um tanto”, comentou.
Sua música preferida é “Louca de Saudade”. Segundo ela, “dá vontade de chorar”. Ela explica o motivo: “Já lembrou alguém, mas hoje não lembra mais. Hoje em dia é mais sentimental de ver o Jorge cantando. Aí bate aquela emoção e a gente chora”.
A estudante Débora Reis, de 35 anos, também fez loucuras pela dupla. “Se você tá triste, ali perto deles não tem tristeza. Você esquece dos problemas, esquece de tudo. Já tentei pular a grade, já fui humilhada, já fiz tatuagem. Fiz de tudo. Separei do meu marido três vezes por causa de Jorge e Mateus”.
O motivo, segundo ela, foi ciúmes, coisa que ficou no passado. “Eu falei com ele: você aceita ou não aceita? É os dois. Ele começou a me acompanhar, viu que não tinha nada demais e hoje ele tá em casa e eu tô aqui”.
Sobre o estádio do Galo, ela revela: “Lindo. Maravilhoso. Meu marido é atleticano doente e não conheceu, mas eu fã de Jorge e Mateus estou aqui [risos]”.
Lembrança inesquecível
A auxiliar administrativo Luciana Eustáquio, de 45 anos, se apaixonou pela dupla graças à filha, Tamires Naiara, de 26, que é prestadora de contas.
“Tô aqui desde 10h pra ver Jorge e Mateus com a esperança de entrar no camarim. Na verdade, o amor começou pela minha filha, vindo acompanhá-la e virei fã também”, destacou.
Tamires explica como iniciou esse amor pela dupla. “Sou fã desde sempre, né? Acabou que ela se tornou fã também. Lá em casa só toca Jorge e Mateus”, comenta ela, que é fã da dupla desde os 15 anos.
Inclusive, ela se recorda de um momento “inesquecível” com a dupla. “Teve um show em Itabirito que ele me chamou no palco. Estava com um cartaz e era no dia do meu aniversário [17 de julho].”
A mãe acrescenta: “Depois ela foi procurar a parte do show que ele falou o nome dela. Foi muito emocionante”.