A música brasileira se despede de Rita Lee. Uma das maiores estrelas do rock nacional morreu no fim da noite de segunda-feira (08) em decorrência de um câncer. A família confirmou a morte na manhã desta terça (9).
Responsável por uma lista interminável de hits, Rita marcou época e renovou gerações de fãs, desde o início nos Mutantes, Tutti Frutti e na carreira solo.
Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa (Rita Lee, em sua autobiografia)
Relembre alguns destes momentos na homenagem que a Itatiaia fez à cantora em seu último aniversário, em 31 de dezembro do ano passado:
Rita Lee, aos 75 anos, abandonou o show bis para se dedicar a cuidar de plantas no interior de São Paulo e curtir a vida como ela sempre fez, tomando banho de sol como um bicho-preguiça, algo que ela já anunciava na década de 80, quando lançou “Baila Comigo”, mais um sucesso de seu repertório.
A carreira da ruiva mais debochada do Brasil começou quando ela conheceu os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, virtuoses instrumentistas e, com eles, criou Os Mutantes, grupo que juntou psicodelismo a música nordestina e abalou as estruturas do cenário cultural brasileiro, despertando o interesse até dos Tropicalistas.
Com Gilberto Gil, eles apresentaram “Domingo no Parque” no Festival Internacional da Canção e desafiaram os arranjos ousados do maestro Rogério Duprat.
Depois de sucessos como “Panis et Circenses”, “Ando Meio Desligado”, “Bat Macumba” e “Não Vá Se Perder Por Aí”, Rita deixou o grupo de forma litigiosa e jamais voltou a se entender com os antigos companheiros.
Mas o destino da “ovelha negra” da música brasileira já estava traçado e era uma trilha de sucessos.