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Alfonso Herrera explica por que não estará na turnê ‘Soy Rebelde’ e revela trauma vivido no Brasil

Alfonso Herrera interpretou “Miguel Arango” em Rebelde, par romântico de “Mía Colucci”, personagem vivida por Anahí

Ator disse manter uma boa relação com os demais integrantes do grupo

A turnê “Soy Rebelde” não contará com Alfonso Herrera - um dos integrantes da extinta RBD - banda que surgiu a partir da novela Rebelde, sucesso em toda a América Latina, e que passará pelo Brasil em novembro. Em entrevista ao El País para divulgar o filme “¡Que Viva México!”, o ator falou sobre sua saída da banda, explicou por que não participará da turnê e revelou um trauma vivido no Brasil.

Alfonso comentou que, além de estar muito feliz com seus projetos atuais, apenas tem “energia” para se dedicar a eles. “Sei que esse projeto [os novos shows do RBD] será um sucesso estrondoso e só tenho votos de felicidades para eles”, destacou.

Sobre a relação com a Televisa, ele conta que o grupo assinou um contrato cedendo todos os direitos de imagem, que foi explorado em ações publicitárias, no entanto, nenhum integrante recebeu sequer um “peso” (moeda do país) pelos trabalhos.

“Eu tinha 23 ou 24 anos e via o rosto dos meus colegas e o meu rosto em biscoitos, chicletes, sucos, cadernos, tênis, lápis e nada. A emissora de televisão, dona desse projeto, não foi justa e não é uma questão de dinheiro, volto a dizer, tem a ver com uma questão de trabalho”, esclarece.

O ator recorda que em um dos shows, que ocorreu em Los Angeles, nos Estados Unidos, com 63 mil pessoas, ele recebeu apenas 18 mil pesos (cerca de R$ 5 mil) pela apresentação.

“Eu era muito bom na Televisa, ou seja, lá eu tenho amigos que eu aprecio, que amo. Mas quando o projeto foi mudando, foi indo para um lugar bem mais amplo que foi um sucesso, o lógico teria sido que tudo crescesse na proporção porque era justo. Apesar de tudo, havia muita gente nesse processo com quem ainda converso porque entretenimento é assim”, comentou.

Sobre os integrantes do grupo, ele afirma que “ama” e “respeita” todos eles. “Compartilhamos coisas que ninguém mais vai poder saber e que nós seis estivemos lá em tempos difíceis”, afirma. Na ocasião, ele se lembra de quando o grupo esteve em São Paulo, em fevereiro de 2006, e três fãs morreram pisoteados. A confusão começou logo após o show da banda, quando uma multidão tentava se aproximar das barreiras de proteção do palco. Além das mortes, mais de 40 pessoas ficaram feridas.

“Até hoje ainda tenho um pouco de medo quando vou a um lugar onde tem muita gente. Estávamos sozinhos e nos apoiamos porque não tínhamos apoio psicológico para lidar com essa situação. Foi muito difícil. Anos depois voltamos ao Brasil, reencontramos os parentes e eu conheci o pai de uma das meninas que perdeu a vida. Aquele acontecimento me marcou de uma forma muito profunda e por mais que eu tente dar a volta por cima, ele ainda está lá", recorda.

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Turnê

O RBD passará pelo Brasil nos dias 10, 11, 12, 13, 16, 17, 18 e 19 de novembro de 2023. Os shows serão realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro, sendo que quatro datas já estão com os ingressos esgotados.

Os ingressos estão sendo vendidos no site Eventim, e custam entre R$ 390 e R$ 850 (inteira) e R$ 195 e R$ 450 (meia). Mais informações podem ser obtidas aqui.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.