Moradores de ao menos três bairros estão há vários dias sem água em Belo Horizonte. Os relatos vem dos bairros Morro do Papagaio, Taquaril e Jardim Alvorada. De acordo com eles não há uma explicação da Copasa para a falta de abastecimento. Igrejas e escolas estão sem água e algumas precisam suspender as aulas.
No bairro Taquaril, região leste de BH, mais ou menos 1.200 famílias estão sem água nas torneiras e se viram como podem, comprando água mineral para tomar banho e fazer comida. Alguns buscam água na casa de parentes. O sentimento do moradores é de abandono e descaso por parte da Copasa que, até a tarde de hoje ainda não tinha resolvido o problema.
De acordo com um morador, o aplicativo da Copasa alega que já existe uma manutenção preventiva na rede de abastecimento de água e que a previsão de solução do problema é até às 17h desta quinta-feira (16).
Relatos de moradores
Santa Luzia
Maria Marli, moradora da rua Indonésia, no bairro Baronesa, em Santa Luzia, na Grande BH, relata que está há seis dias sem água na região, inclusive sem conseguir beber água durante o período de calor.
“Estou tentando contato para reivindicar a água, espero que a Copasa volte com a água o mais breve possível”, completa.
Contagem
Maria de Lourdes, moradora do bairro Novo Progresso, em Contagem, contou que desde o último domingo (12) a região tem sofrido com problemas no abastecimento, principalmente com a falta de pressão nas torneiras. Na segunda, dia 13, o bairro ficou completamente sem água.
“Fiz reclamação na Copasa, abri ordem de serviço, a Copasa diz que vai dar uma solução, mas não acontece. Desde o dia 11 percebemos que havia pouca água, mas ela ainda permanecia nos registros até certa hora, que era entre meia noite e as 6h”, completa.
Ribeirão das Neves
Afonso Gonçalves, residente do bairro Kátia, em Ribeirão das Neves, denunciou que está há três dias sem água na região e todos têm sofrido principalmente pela dificuldade para conseguir água para beber durante o período de altas temperaturas em Minas.
“Queria entender da Copasa o que está acontecendo, por que a gente faz ligações mas os funcionários desconhecem a falta de água na região. Temos crianças em casa, nossa vida está muito difícil com a falta d'água”, explica.
Esmeraldas
Geovani, morador do bairro Recanto Verde, em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, alegou que está há uma semana sem água, mesmo com todas as contas pagas.
“O mais interessante é que algumas ruas estão com água e outras sem água. Estou pagando conta mesmo sem ter água para consumir, já não tem água nem para tomar banho, tenho três crianças pequenas e gostaria de uma resposta junto a Copasa”, conclui.
Posicionamento da Copasa
“A Copasa informa que as altas temperaturas e baixa umidade, observadas nos últimos dias, superou as variações sazonais normalmente observadas neste período do ano, impactando significativamente o fornecimento na cidade de Santa Luzia, principalmente em pontos mais suscetíveis a desequilíbrios no abastecimento como as regiões mais distantes e pontos de cotas topográficas elevadas, caso da Rua Poti, São Cosme de Cima (São Benedito).
Nesse período, a Copasa intensificou suas estratégias operacionais visando a manutenção da perenidade do abastecimento, por meio da realização de manobras operacionais e reforço do abastecimento com caminhões-pipa.
A Copasa destaca que nos imóveis que possuem caixas d'água o impacto pode ser menor e, caso haja aumento de temperatura, é importante que a população mantenha os mesmos níveis de consumo atuais e pratique o consumo consciente.
A Copasa reforça que é muito importante o engajamento da população no uso consciente e responsável da água, atitude que é importante em qualquer estação do ano. Mudanças simples no dia a dia podem fazer muita diferença, como por exemplo: não lavar o passeio com mangueira, fechar a torneira enquanto ensaboa a louça, fechar o chuveiro ao ensaboar o corpo durante o banho e deixar a torneira fechada enquanto escova os dentes ou faz a barba. São atitudes fáceis no dia a dia que contribuem muito para o bem-estar de toda a população.”