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Biomédica reponsável por lipoaspiração que terminou em morte da paciente vai para prisão domiciliar

Lorena Marcondes estava presa desde 8 de maio; Íris Nascimento, de 46 anos, morreu horas após fazer procedimento estético em clínica de Divinópolis (MG)

Lorena Marcondes vai cumprir prisão domiciliar

A Justiça concedeu prisão domiciliar para uma biomédica de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, responsável pela lipoaspiração de Iris Nascimento, de 46 anos, que morreu no dia 8 de maio, horas após o procedimento. A decisão foi tomada nesta terça-feira (23)

A informação foi divulgada pelo advogado da biomédica Lorena Marcondes. Segundo Tiago Lenoir, a revogação da prisão preventiva foi pedida com base na alegação de que a profissional “nunca praticou crime de homicídio doloso e seria prematuro um julgamento condenatório”. O advogado também usou uma decisão do Judiciário que permite prisão domiciliar para todas as mulheres com filhos menores de 12 anos.

O advogado Tiago Lenoir afirma que, com a liberação da prisão domiciliar, “o Tribunal de Justiça cumpriu seu papel constitucional”. Agora, o defensor afirma que vai se dedicar a analisar as provas do inquérito e do processo penal em trâmite.

Relembre o caso

Íris Dorotea Nascimento Martins, de 46 anos, morreu nesta segunda-feira (8) após passar por um procedimento estético em uma clínica em Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. A cirurgia foi feita por uma biomédica de 33 anos, sem nenhum tipo de exame prévio.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher teria fechado o acordo para a lipoaspiração por R$ 12 mil. O marido da vítima relatou aos policiais que a suposta médica não pediu risco cirúrgico para o procedimento e nem outros exames.

Segundo a Polícia Civil, a biomédica foi inconsistente no seu depoimento inicial. A clínica de Lorena Marcondes possui um longo relatório de queixas e denúncias, como a realização de cirurgias sem autorização. O estabelecimento realizava cirurgias de médio a grande porte, que deveriam ocorrer em um Centro de Terapia Intensiva (CTI) e contar com a presença de um médico, anestesiologista e equipamentos próprios, o que a clínica não possuía.

A Polícia Civil deu uma coletiva no dia 9 de maio detalhando o caso e também os últimos minutos de vida de Íris Nascimento, que morreu horas após iniciar uma lipoaspiração que seria realizada por Lorena Marcondes. Confira os detalhes.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.