Membros de movimentos sociais realizam, na noite dessa terça-feira (25), uma manifestação na praça Sete, no hipercentro de Belo Horizonte conta o aumento da passagem dos coletivos da capital que passou de quatro e cinquenta para seis reais.
O novo valor da passagem se deu após um acordo entre a Prefeitura de Belo Horizonte e as empresas de transporte, mediado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Neste momento eles fecharam a avenida Afonso Pena, sentido Mangabeiras, e devem seguir até a porta da PBH.
Insatisfação
O integrante do movimento Tarifa Zero BH, André Veloso, comenta o objetivo da manifestação no hipercentro de Belo Horizonte.
“Queremos que o Fuad Noman revogue o decreto que aumentou a tarifa, é o básico para começarmos a conversar. Não é possível aumentar R$ 1,50 do dia para a noite. Tem pessoas escolhendo entre comer ou pegar ônibus, entre comer ou ir ao centro da cidade procurar emprego. É um absurdo”, explca.
André afirma que dirigentes lojista estão reclamando de desemprego e questionando o vale transporte.
“Não é possível que o Fuad faça esse crime com a população, ele nos obrigou a ir para a rua, a culpa é do prefeito”, conta.
“Vamos até a porta da Prefeitura e vamos queimar uma catraca no meio da rua. Queremos ônibus sem catraca, nosso objetivo é ter tarifa zero, já começou pelas linhas de vilas de favelas, agora falta em todo o serviço. Há solução, há que se propor um subsídio, há que se enfrentar os empresários, mas é esse arranjo é possível e já está sendo aventado em várias cidades do Brasil”, completa.
O presidente da Associação de Usuários do Transporte Coletivo da Grande Belo Horizonte (AUTC), Francisco Maciel, comenta o motivo da indignação.
“Nós estamos na rua para dizer não ao aumento dessa tarifa, tem que abaixar, ela é injustificável. Todo ato público administrativo tem que vir com razoabilidade, não é razoável aumentar de R$ 4,50 pra R$ 6. Não aceitamos o discurso que há crise no sistema de transporte coletivo”, protesta.
Para Francisco, a alternativa para solucionar esse aumento seria seguir o que diz a lei orgânica e a constituição.
“Transporte é direito social garantido pela constituição, não é mercado, tem que ter subsídio. Quem é beneficiado pelo transporte coletivo é a cidade, o comércio, a indústria, o serviço, e não o usuário. Passageiro só toma ônibus porque é obrigado, ninguém pega ônibus porque quer”, critica.
Confira imagens do protesto
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