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Entidades e órgãos ligados ao agronegócio lamentam a morte de Alysson Paolinelli

Faemg, Abramilho, ABCZ, CNA, Faemg, Seapa e Frente Parlamentar da Agropecuária publicaram Notas de Pesar, ressaltando o espírito visionário e o entusiasmo do ex-ministro pelo trabalho

Alysson em sua casa em Lagoa Santa, com o sorriso e a generosidade de sempre

Logo após o anúncio da morte do ex-ministro da agricultura Alysson Paolinelli ocorrida hoje (29), em função de uma embolia pulmonar, várias entidades ligadas ao agronegócio se manifestaram. O velório será no Palácio da Liberdade, sede histórica do governo mineiro, a partir de 15h desta quinta-feira (29). O enterro será na sexta (30), às 11h, no Parque da Colina, em Belo Horizonte.

O ministro da agricultura e pecuária Carlos Fávaro escreveu em sua conta no Instagram que Paolinelli deixa um “legado inquestionável, supera as barreiras do tempo e deixa sua marca eternizada. Sua contribuição para a agropecuária e para o Brasil eternizam sua existência e fazem renascer a cada dia seu espírito inovador. Criador da Embrapa, revolucionou o agro brasileiro, levando prosperidade para onde se acreditava ser solo infertil. Seu trabalho fez nascer no país uma das maiores potências agropecuárias do mundo. Mais que isso, seu legado alimenta as famílias e a ciência.

O Sistema Faemg Senar publicou uma Nota de Pesar dizendo que Paolonelli “deixa o nome marcado na história de Minas e do Brasil, como um dos maiores defensores e responsáveis pelo crescimento e autossuficiência da agropecuária brasileira. Ficará sempre em nossa memória como um técnico incansável a favor da evolução do agronegócio brasileiro”.

O secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, Thales Fernandes, publicou em sua conta no Instagram que Paolinelli era um líder nato e lembrou que ele implantou, na década de 1970, a agricultura tropical no Cerrado brasileiro, transformando a posição do nosso país no mercado mundial de alimentos. “Se, atualmente, o agronegócio mineiro ocupa uma posição de destaque na produção de grãos e na geração de emprego e renda, essa realidade começou a ser construída pela sua capacidade visionária à frente do seu tempo, ao seu incessante trabalho e ao entusiasmo com que liderou todas as iniciativas para o desenvolvimento do setor agropecuário”.


A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), da qual o ex-ministro era o presidente executivo, publicou nota ressaltando que o ex-ministro era uma figura ímpar no campo da agricultura brasileira que deixa um legado significativo para o setor. “Sua trajetória exemplar como engenheiro agrônomo, pesquisador e líder inspirou gerações de profissionais e contribuiu de forma inestimável para o desenvolvimento agrícola do país”.

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) da qual Paolinelli era associado desde 1978, publicou nota dizendo que o “Brasil uma de suas maiores referências de pesquisa sobre segurança alimentar e inovação tecnológica”.

O ex-ministro foi homenageado pela entidade em 1978, com um busto instalado na entrada do Parque Fernando Costa, em Uberaba pelo importante apoio à política classista em favor do Zebu. A entrega ocorreu no dia 3 de maio, paralelamente à inauguração da sede da ABCZ. Em 2010, recebeu o Mérito ABCZ na categoria Nacional.

“Estive com o nosso ex-Ministro em algumas oportunidades, sempre atencioso, sorridente e entusiasta, compartilhava ideias inovadoras, era um admirador da pecuária zebuína e, com certeza, deixa seu exemplo e contribuição para o agronegócio brasileiro. É um homem que fará falta para o Brasil”, afirmou Gabriel Garcia Cid, presidente da ABCZ.

“Foi um homem inteligente, sempre demonstrou sabedoria à frente do seu tempo e escreveu a sua história no agro brasileiro”, acrescenta o vice-presidente da entidade, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges.



A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também lamentou profundamente a morte do ex-ministro. Em nota, o grupo disse que “o legado deixado por Paolinelli ultrapassa qualquer tempo e apesar de ter um início, é impossível mensurar o alcance de sua contribuição para o setor e o desenvolvimento que permitiu a expansão da revolução agrícola tropical sustentável”

“Ele liderou na década de 70 o salto científico e tecnológico que colocou a agricultura tropical, em especial o bioma do Cerrado brasileiro, no centro da produção de alimentos do planeta”

Em outro trecho, a nota diz que Paolinelli viveu o presente com os sonhos de um futuro, que chegou graças ao trabalho e obstinação de quem percebia no agro brasileiro o principal motor social e econômico de uma nação.

“O tempo nunca poderá apagar a grandiosidade daquele que deu voz à produção agrícola tropical, elevando-a a patamares jamais imaginados. Com seu espírito audaz e incansável, Paolinelli persistiu, desafiando as adversidades e defendendo uma visão revolucionária. Seu legado é imortal e seu nome ecoará pelos séculos”.

O Sistema CNA/Senar lembrou, também por meio de nota que Paolinelli teve uma brilhante e competente trajetória como homem público e profissional em defesa da agricultura tropical.

Diz um trecho:

“Em 2021, seu nome foi merecidamente indicado ao Nobel da Paz, diante de sua firme atuação pela segurança alimentar no mundo. No mesmo ano, recebeu o Prêmio CNA Agro Brasil em mais um reconhecimento de sua atuação na defesa dos produtores rurais brasileiros”

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.