Aumento do salário mínimo: veja o que o consumidor conseguirá comprar com novo valor

Se por um lado o consumidor conseguirá adquirir mais produtos básicos, por outro, não conseguirá comprar itens mais caros, como um botijão de gás

Impacto será considerável em itens básicos de mercado

O Governo Federal anunciou, nesta quarta-feira (10), o aumento do salário mínimo de R$ 1.518 para R$ 1.621 em 2026, um crescimento de R$ 103 (6,79%). Considerando a diferença, o site Mercado Mineiro apontou o “ganho real” do crescimento na remuneração, ou seja, o que será possível comprar a mais com o dinheiro.

Para fazer o cálculo, o site considerou a manutenção dos preços médios apurados em novembro/dezembro de 2025.

Alimentação básica

Segundo a pesquisa, o aumento de R$ 103 permite que o consumidor adquira uma quantidade significativamente maior de itens básicos, caso os preços se mantenham:

  • Feijão carioca: é o grande destaque em volume. Com o aumento do salário mínimo, seria possível comprar 18,08 kg a mais do produto (preço médio de R$ 5,48);
  • Arroz (pacote de 5 kg): o reajuste permite a compra de 4,75 pacotes a mais, ou seja, quase 24 kg de arroz;
  • Pão francês: o consumidor ganha poder de compra de 4,64 kg adicionais do produto.

Carnes

As carnes são produtos que possuem alto valor agregado, a depender do corte. Sendo assim, os impactos do aumento são:

  • Frango resfriado: com o aumento, é possível comprar 8,47 kg a mais;
  • Cortes bovinos: o reajuste permite que o consumidor adquira 2,77 kg a mais de acém e 1,89 kg a mais de contrafilé, o que evidencia o menor impacto em produtos mais caros.
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Combustíveis e utilidades

  • Gasolina: o aumento salarial de R$ 103 permite a compra de 17,08 litros a mais de gasolina, com base no preço de R$ 6,03 o litro;
  • Gás de cozinha (13 kg): o reajuste não permite a compra de um botijão de gás de 13 kg, cujo preço médio listado é de R$ 123,96. Os R$ 103 representam 83% do valor necessário.

O Mercado Mineiro concluiu que o reajuste de 6,78% traz alívio na compra de itens mais baratos, porém não cobre o custo de produtos essenciais mais caros.

Além disso, o site ressaltou que em janeiro os preços costumam subir, justamente pela expectativa do reajuste no salário mínimo, o que invalida parte do aumento.

Confira, na tabela abaixo, a média em relação a outros produtos:

O site Mercado Mineiro apontou o ‘ganho real’ do aumento do salário mínimo

Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.

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