A incerteza do produtor com o desenrolar do agronegócio e a economia brasileira nos traz sinais que precisamos ligar o radar e tomar todos os cuidados evitando que a corrente da agropecuária não arrebente.
O primeiro bom exemplo vem do ovo que de repente galopa rumo a preços que impedem o consumo até da maioria dos consumidores que tem uma condição menos privilegiada. Quando se fala de inflação, ovo sempre foi a alternativa para o consumo de proteína animal, mas os últimos dias deixam todos de antena ligada.
Com a velocidade baixa dos grande negócios envolvendo produtos como o milho, a soja e até a carne bovina, algo se previa que estava próximo de acontecer. Se o mercado de grãos mantém seus estoques guardados à espera de uma firmeza no mercado interno, algum derivado fica escasso para o processamento industrial.
E não deu outra! O esmagamento da soja também baixou a velocidade e o farelo de soja vem suportando a demanda do mercado aumentando o preço. O milho também oscila e o produtor só vende pelo valor que lhe interessa, muitas vezes fugindo dos preços de referência no mercado.
Torna-se necessária uma participação do ministro da agricultura, Carlos Fávaro, que teve sua pasta subdivida em mais 2 ministérios e não se sabe ainda como será o funcionamento daqui pra frente. Fávaro deveria vir a público e acalmar o mercado do agro, mesmo sendo ele rejeitado por uma grande maioria dos produtores brasileiros. Tudo por questões ideológicas que já passaram da hora de serem apagadas.
O ovo além de ser uma proteína que substitui o carne no prato do brasileiro é um produto fundamental em nossa cozinha, na elaboração de varias receitas e alimentação das crianças.
Muitos países vivem crise do ovo por causa da gripe aviária que dizimou milhões de cabeças de aves nos Estados Unidos, Canadá, União Europeia e parte da Ásia, inclusive o Japão. E os preços estão batendo recordes mundiais.
No Brasil está muito caro mais não há desabastecimento. Se o vírus da gripe chegar por aqui, estamos fritos! A gripe aviária já rondou a Colômbia, Venezuela, Equador e deu falsos sinais na Argentina. O Brasil vem tomando seus cuidados sanitários para evitar que o vírus chegue em nossas terras.
Para que o consumidor veja em números detalhados o que acontecendo com o ovo, vamos observar o quadro abaixo apresentado pela Avimig com números da Ceasa:
Milho e farelo de soja são fundamentais na composição da ração animal. A soja, além do alto teor de proteína, proporciona alta taxa de digestividade ao animal.
Curiosidade: no esmagamento da soja é obtido o farelo e o óleo que serve para ser usado na cozinha e com pequenas alterações no biodiesel, diminuindo em muito a emissão de gases de efeito estufa.
Em uma tonelada de soja esmagada obtém-se 780 kg de farelo de soja e 190 litros de oleo. Os outros 3% restantes ficam para a perda.