O dia 13 de setembro de 1661 ficou marcado pela “Revolta da Cachaça” no Rio de Janeiro. A Coroa portuguesa havia proibido o consumo da bebida no Brasil com o objetivo de substituí-la pela Bagaceira, tradicional aguardente portuguesa.
E foi no dia 13 de setembro em que produtores de cana-de-açúcar e proprietários de alambiques tomaram o poder da cidade do Rio de Janeiro e foram cruelmente reprimidos pela corte com violência. O líder do grupo, Jerónimo Barbalho Bezerra, foi capturado, enforcado, decapitado e teve a cabeça pendurada no intuito de mostrar à população que aquele movimento não compensava.
Só que a revolta e as lutas continuaram e a Cachaça virou bebida símbolo do Brasil, apesar que durante muitos anos era uma bebida considerada de negros e pobres originando a palavra cachaceiro sempre usada no sentido pejorativo.
A origem da Cachaça se deu nos engenhos na fabricação da rapadura. A cana era moída e o líquido fervido e colocado em formas, solidificando-se e virando rapadura. Quando o processo não dava certo o caldo era fermentado e jogado fora. O caldo tinha o nome de “cagaça”, ou seja, o que dava errado.
Só que alguns escravos bebiam esse caldo e trabalhavam com mais vontade e euforia e eram incentivos a consumir a bebida pelos senhores do engenho e rapidamente o produto virou moeda de troca e o nome “cagaça” passou a ser chamado de Cachaça, que leva para o mundo boa parte de nossa cultura e identidade. Salinas é conhecida como capital nacional da cachaça.
Minas Gerais é o estado com maior produção de cachaça artesanal no Brasil. Sua média alcoólica varia entre 40 e 43 graus em média.
Não importa onde você esteja. Seja nos botecos mais modestos onde haja pelo menos um torresminho, seja nas grandes coquetelarias ou até nos aviões uma dose da “branquinha” desce bem.
Só não consigo entender porque “esta é a única água que passarinho não bebe.”