Quem ouviu a entrevista do técnico Eduardo Coudet tem a impressão de que o Atlético deixou de jogar um grande futebol apenas por causa do gramado ruim do Estádio Bento Freitas, em Pelotas, no empate por 1 a 1 com o Brasil-RS pela terceira fase da Copa do Brasil.
Mas a realidade está longe de ser essa!
Eduardo Coudet parece ignorar uma coisa clara: o Atlético não consegue jogar um futebol minimamente convincente.
Nenhum atleticano está feliz com o time. Apenas Coudet vê evolução em seu trabalho.
Falta muito ao Galo. Mas muito mesmo!
O time não tem conjunto, não tem volume de jogo, não tem força e não tem brilho individual.
Como acreditar que o problema era apenas o gramado?
Aliás, nossa correspondente no Rio Grande do Sul, a competente Mauri Dorneles, foi muito feliz em seu questionamento a Eduardo Coudet.
Não é apenas o gramado de Pelotas o problema do Atlético.
Mesmo em bons gramados, o time não vem jogando bem. E Coudet precisa enxergar isso.
Dizem que o primeiro passo pra corrigir um erro é reconhecer o erro. Falta ao técnico do Atlético reconhecer que o time não vai bem. E talvez por isso não esteja conseguindo melhorar.
Se ele não vê defeitos, o que terá para corrigir?
Já se passou um terço do ano. Tempo mais que suficiente para que o Atlético tivesse padrão de jogo. E não tem.
Falta volume de jogo, falta qualidade coletiva e brilho individual.
É difícil acreditar numa temporada de vitórias e títulos com um futebol tão ruim.
Tá na hora, Coudet!
A paciência do torcedor está acabando.
Nem os mais otimistas veem evolução no seu time.
E não adianta tapar o sol com a peneira. Caia na real, Coudet: a culpa não é só da grama!
