Água Santa, Athletic, Ituano, Volta Redonda. Não é coincidência, nem zebra, mas realidade. O equilíbrio, que já chegou há mais tempo no futebol brasileiro, deu as caras com força neste início de 2023. E isso é uma boa notícia para o Cruzeiro, que vive momentos de instabilidade na temporada.
Dos poderosos Flamengo, Palmeiras, Atlético, Corinthians e Fluminense, apenas o Porco ainda não foi “vítima” desse equilíbrio. E isso é prova de que a equipe de Paulo Pezzolano pode mudar a sua rota, que ainda está longe daquela que o torcedor celeste imaginava que seria seguida neste ano de retorno à Série A do Campeonato Brasileiro.
Na entrevista após a derrota de 2 a 0 para o América no último sábado (11), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na partida de ida pelas semifinais do Campeonato Mineiro, o treinador cruzeirense desabafou e mostrou o incômodo com o que chamou de rebaixamento prévio do seu time num Brasileirão que ainda nem começou.
As análises pessimistas em relação ao Cruzeiro na elite não é fruto de imaginação da imprensa ou torcedores. O time não conseguiu até agora mostrar a confiança que deu ao torcedor em 2022 a partir do Campeonato Mineiro, onde fez uma campanha muito superior a atual com um recurso técnico muito inferior.
O desafio de Pezzolano é fazer com que a sua equipe, que tem como objetivo principal em 2023 permanecer na Série A, seja mais um integrante da lista que consegue com uma estratégia de jogo eficiente e muita entrega endurecer os jogos contra os futuros adversários que terá nas competições nacionais: Brasileirão e Copa do Brasil.
É sim possível corrigir a rota, mas a tarefa não é fácil. Passa por qualificar o sistema defensivo e conseguir extrair dos reforços um futebol superior ao que eles apresentaram até agora. Principalmente daqueles que mais se espera, como Ramiro, Nikão, Gilberto e Wesley.