O programa “Plantão da Cidade”, da Itatiaia, recebeu nesta segunda-feira (15) os líderes comunitários Cleiton Teixeira e Gabriel Costa, representantes do Morro do Papagaio, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles relataram as dificuldades enfrentadas pelos cerca de 30 mil moradores do aglomerado, que vão desde a falta constante de água até problemas de infraestrutura, esgoto, limpeza e acesso a serviços básicos.
Falta de água sem aviso prévio
Um dos principais problemas citados foi a recente interrupção no abastecimento de água, que deixou a comunidade sem o serviço por até três dias. Creches e escolas precisaram suspender atividades e escolas liberaram alunos.
“Faltou água até para beber e para as necessidades básicas. A dignidade quase foi pelo ralo”, desabafou Cleiton Teixeira.
Segundo ele, a Copasa chegou a justificar o problema como manutenção na rede, mas os moradores não viram equipes atuando no local. Além disso, não houve aviso prévio.
Prejuízos no acesso a serviços
Além da água, os líderes comunitários denunciaram que a região sofre com esgoto a céu aberto, demora na poda de árvores e na capina das ruas e becos. Essas situações dificultam até mesmo a entrada de ambulâncias e veículos de emergência.
“A ambulância precisa atender a população, mas muitas vezes não consegue entrar nos becos porque não há limpeza ou acessibilidade”, explicou Gabriel Costa.
Cobrança ao poder público
Os representantes também cobraram mais atenção da Prefeitura de Belo Horizonte e da Copasa, além de criticar a postura dos vereadores da capital.
“Na maioria das vezes eles só aparecem em época de eleição. Parece que caem de paraquedas”, disse Cleiton.
Apesar das dificuldades, os líderes destacaram a união da comunidade, que se mobiliza constantemente para reivindicar melhorias.
Morro do Papagaio
Localizado às margens da BR-356, o Morro do Papagaio fica cercado por bairros como São Pedro, Santa Lúcia, Sion e Belvedere, na Região Centro-Sul da capital. Mesmo com a proximidade de regiões nobres, os moradores convivem diariamente com a falta de serviços básicos e infraestrutura.
A reportagem procurou a Prefeitura de Belo Horizonte e a Copasa, mas ainda não obteve retorno. A matéria será atualizada com os devidos posicionamentos.
