Após o médico
À Itatiaia, o delegado responsável pelo caso, João Martins Teixeira, informou que o surgimento de novas denúncias é comum em casos de assédio ou abuso sexual. “Após ampla repercussão, recebemos mais um novo caso. Isso acontece em razão da divulgação da imprensa e também, pelo fortalecimento dessas outras vítimas por parte das vítimas que já relataram o ocorrido. A gente imagina que esse número possa crescer ainda mais”, explica.
As investigações contra Danilo Costa começaram no fim do mês de janeiro, quando uma paciente oncológica denunciou ter sido estuprada durante uma consulta. “A vítima que motivou o início da investigação, denuncia o estupro. As outras narram outras formas de violência sexual. Então, toques indevidos, comentários inapropriados e, algumas relatam também, beijos forçados, abraços forçados e toques em regiões improprias”, detalha Teixeira.
Ainda conforme o delegado, a prisão de Danilo foi necessária por uma questão de segurança das vítimas. “Elas podem ficar com medo de serem perseguidas e eu considero também a relação médico paciente, em que há uma hierarquia”, aponta.
A defesa de Danilo informou que a acusação não procede e que a prisão do médico é uma medida completamente desnecessária. Ainda, o advogado Hermes Vilchez Guerrero - que representa o médico - alegou que não há seis vítimas, mas uma única suposta vítima, a que deu origem ao inquérito.
Em nota, o Hospital Nossa Senhora das Dores informou que determinou a suspensão imediata dos atendimentos, consultas e cirurgias de Danilo Costa. A instituição também esclareceu que instaurou um processo administrativo e que está colaborando com as autoridades.