No Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, é essencial refletir sobre a interseção entre violência contra a mulher e envelhecimento.
As mulheres, ao longo da vida, enfrentam diversas formas de discriminação, o que tende a se intensificar no avançar da idade, tornando-se vítimas mais propensas aos diferentes tipos de violência.
Quanto às suas formas, a Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) elenca e conceitua as violências física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
No que tange à violência psicológica, que, diferentemente da violência física, possui consequências silenciosas, causando sérios danos emocionais e mentais às vítimas, essa pode se manifestar por meio do etarismo, que é a descriminação em virtude da idade.
Sobre o tema, destaca-se a recente polêmica envolvendo Neymar e Luana Piovani. O jogador preferiu uma série de ofensas à atriz e, dentre tantas, algumas representam nítido caso de etarismo, como se denota das frases “quer ser famosa? Seu tempo já foi” e “tem mais de 50 anos na cara e quer lacrar na internet”.
Violências psicológicas como essas desvalorizam a presença e a contribuição das mulheres mais velhas, fazendo que com que essas se sintam inúteis e à margem da sociedade, atingindo sua confiança e autoestima.
Dessa forma, é imprescindível uma atenção específica à violência em relação às mulheres mais velhas, visto que essas são ainda mais vulneráveis. A conscientização, a educação e a implementação efetiva de políticas públicas são fundamentais para criar um ambiente seguro e inclusivo para todas as mulheres, independentemente da idade.
