O piloto e instrutor de parapente Gilberto Pereira Araújo, de 50 anos, que sofreu um infarto e morreu durante um voo com o equipamento, ontem (11) na Serra de Santa Helena em Sete Lagoas, região central de Minas, despediu-se da vida fazendo duas das coisas que mais gostava: voar e ajudar os outros.
O amigo de infância e diretor do Clube de Voo Livre da cidade, Rogério Faria de Almeida, contou à Itatiaia que Gilberto, que tinha 24 anos de experiência em voos de parapente, havia ido jogar as cinzas de uma senhora que tinha feito esse pedido à família. Quando retornou, viu a menina Dafiny, de 13 anos, vendendo cones de chocolate próximo à pista, e se ofereceu para realizar o sonho dela, que era voar de parapente.
O resto da história a gente já sabe. Gilberto sofreu um infarto em pleno voo e não resistiu. O equipamento planou à deriva, desviou de fios de alta tensão, até cair numa árvore, mas a jovem nada sofreu.
“Ele era assim. Um homem generoso e caridoso, um amigo espetacular. Eu o conhecia há 40 anos, quando andávamos de bicicletas BMX. Ele é e sempre será muito querido”.
Gilberto nasceu na cidade de Santana do Pirapama, na mesma região, e mudou-se com a família para Sete Lagoas, ainda criança. Além da atividade como piloto e instrutor, Gilberto tinha um Food Truck de sanduíches no centro de Sete Lagoas. Era casado com Patrícia Luciene Costa e os dois ainda não tinham filhos. O velório ocorreu hoje (12) às 17h no Cemitério Parque Santa Helena.