A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o inquérito que apurou a causa e as circunstâncias da morte da cantora Marília Mendonça, em 5 de novembro de 2021, foi concluído. O resultado da investigação será divulgado, nesta quarta-feira (4), em uma coletiva de imprensa, realizada na cidade de Ipatinga, no Vale do Aço, às 9h30.
Participarão do comunicado os delegados de polícia Gilmaro Alves Ferreira, Ivan Lopes Sales e Sávio Assis Machado Moraes e o inspetor Whesley Adriano Lopes.
Marília Mendonça estava em um avião de pequeno porte que se chocou contra linhas de transmissão de energia não sinalizadas. A aeronave caiu em uma cachoeira de Piedade de Caratinga, próximo ao acesso da BR-474, na região do Vale do Rio Doce. Morreram o produtor da cantora, Henrique Ribeiro, e seu tio Abiceli Silveira Dias Filho, além do piloto e o co-piloto.
Relatório do Cenipa apontou falha humana
Em 15 de maio deste ano, o Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu as investigações sobre a causa do acidente. Segundo o órgão, a avaliação errada do piloto na hora do pouso pode ter contribuído para a queda da aeronave, matando Marília e outras quatro pessoas.
O relatório ainda apontou que as linhas de transmissão de energia não precisavam de sinalização. Elas estavam fora dos limites da Zona de Proteção do Aeródromo e das superfícies de aproximação ou decolagem.
Cemig instalou sinalização visual em torres de energia
Em setembro, a Cemig instalou sinalização visual na linha de distribuição de energia em que o avião se acidentou. Esferas laranjas foram colocadas na linha próxima à pista do aeroporto de Ubaporanga, no Leste de Minas.
Segundo a companhia, a instalação da sinalização ocorreu em caráter excepcional, sem previsão legal, já que o Cenipa confirmou a regularidade da sinalização das torres de distribuição. Mesmo assim, o Comando da Aeronáutica recomendou a instalação das esferas, em julho deste ano.