O segurança e motorista de aplicativo Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, envolvido em uma briga com o cabo da PM Aldir Gonçalves Ramos, 41 anos, no sábado (30), deve responder por lesão corporal.
A informação é da advogada Bruna Marques Vitebro, que defende o trabalhador baleado no rosto pelo cabo após uma briga de trânsito na região da Pampulha.
Bruno passou por cirurgia que durou mais de 10 horas nesse domingo (1º), teve perda total da visão do olho direito e perdeu massa encefálica. Ele está internado na UTI do Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. O cabo da PM está detido no 41º Batalhão da Polícia Militar e passará por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (2).
“A audiência de custódia do Aldir vai ser hoje, às 16h45, no Fórum Lafaiete. Após a audiência de custódia, eu e o doutor Gilmar Francisco dos Santos (assistente) daremos coletiva de imprensa. O Aldir está detido no 41º Batalhão da Polícia Militar, na região do Barreiro”. Segundo a defensora, agressor e vítima devem responder por lesão corporal.
“Tomaremos as medidas cabíveis, mas primeiro estamos lutando para que o Aldir continue preso. A família está muito temerosa pelo histórico dele de agressões”, destacou a advogada.
O caso
A briga de trânsito entre Bruno e Aldir foi na região da Pampulha, em Belo Horizonte, no início da tarde deste sábado (30).
Segundo testemunhas, o motorista de aplicativo Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, estava a caminho de uma partida de futebol quando se envolveu na briga.
Um vídeo gravado por testemunhas mostra o momento em que eles entraram em luta corporal em frente à Praça Nova da Pampulha, em Belo Horizonte. Os dois rolam pela avenida e continuam lutando no chão. Bruno conseguiu desarmar Aldir e testemunhas separaram a briga.
No entanto, ao tentar registrar a ocorrência em uma base da Guarda Municipal de BH, Bruno foi seguido por Aldir. Segundo informações da assessoria de imprensa da Guarda Municipal, eles começaram a brigar novamente e um disparo da arma de Aldir atingiu a testa de Bruno.
O policial militar, cabo PM Aldir Gonçalves Ramos, 41 anos, diz em boletim de ocorrência que o tiro que atingiu o rosto do motorista de aplicativo Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, foi ‘sem intenção’ e que ele agiu ‘sem assumir o risco do disparo.’
O PM foi autuado por lesão corporal, em informação confirmada pela Itatiaia neste domingo (1°).