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Laboratório mineiro que errou exame de DNA é condenado a indenizar mãe; entenda

Resultado apontava que mulher não era mãe da criança, o que gerou um boato sobre uma possível troca de bebês; empresa afirma que cumpriu seu serviço de identificar o pai do menino

Um laboratório de exames clínicos foi condenado a indenizar uma mineira que recebeu um teste de DNA com o resultado errado. O exame feito pela empresa apontava que a mulher não era mãe da criança.

A mulher, moradora na região do Rio Doce, em Minas Gerais, procurou o laboratório em dezembro de 2018 para identificar o pai do filho dela. Ao receber o resultado, ela acabou sendo surpreendida com a informação de que ela não seria a mãe da criança.

Em dezembro de 2019, o laboratório corrigiu o exame, confirmando que o garoto era realmente filho dela. A mulher entrou com uma ação pedindo indenização por danos morais, alegando que o resultado do exame gerou “grande desespero na cidade”, pois muitos acreditavam que teria ocorrido uma troca de bebês.

Em sua defesa, o laboratório alegou que o exame de DNA teve o resultado errado por conta de um erro de digitação, mas que a falha foi corrigida logo depois. A empresa também alegou que, como o objetivo do exame era descobrir a paternidade, o serviço foi feito com êxito, já que a paternidade foi confirmada desde o primeiro resultado.

O juiz que avaliou o caso em 1ª Instância não aceitou os argumentos dos advogados e condenou o laboratório. A empresa recorreu, mas a decisão foi mantida pela 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que definiu uma indenização de R$ 50 mil.

O relator do caso, desembargador Octávio de Almeida Neves, alegou que a divulgação do exame errado às vésperas do Natal sensibilizou ainda mais a mãe e fez o boato circular na pequena cidade.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
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