Um caso raro de parto de trigêmeos em gestação natural emocionou a equipe médica da Maternidade Odete Valadares, em Belo Horizonte, na última segunda-feira (29). Segundo profissionais de saúde, gestar três bebês naturalmente já é pouco comum, mas outra surpresa deixou o parto ainda mais especial: um dos bebês nasceu empelicado, ou seja, envolto na bolsa amniótica.
Érika da Silva Elisio, mãe dos trigêmeos, fez todo o acompanhamento de pré-natal e da gestação de alto risco na maternidade da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Os bebês vieram ao mundo prematuros de 34 semanas, mas tanto eles quanto a mãe passam bem e não precisaram de nenhuma intervenção médica além da observação.
A ginecologista e obstetra Fernanda Cristina Malta Coutinho Rezende, que é plantonista e preceptora na Maternidade Odete Valadares, contou à Itatiaia que toda a equipe se preparou para realizar o parto, ansiosos e emocionados de participarem deste momento tão raro.
“Toda a equipe, no total de obstetras, pediatras, enfermeiros e técnicos de enfermagem se prepararam com muito carinho para essa chegada. A paciente Érica e seu companheiro estavam ansiosos para a chegada dos seus bebês, que nasceram de parto cesariano”, conta a médica.
Segundo Fernanda Cristina, um detalhe no nascimento da segunda bebê, a Isadora, deixou o parto ainda mais especial: ela nasceu empelicada, dentro da bolsa de líquido amniótico, o que é bastante raro.
“A Isadora, a segunda gêmea a nascer, veio ao mundo empelicada, que é quando o bebê nasce dentro da bolsa de líquido amniótica, e podemos perceber o quão fisiológico e perfeito é a evolução de um bebezinho dentro do útero. Isso acontece em poucos casos porque a membrana amniótica é frágil e, durante a manipulação para o nascimento do neném, ela se rompe na maioria das vezes”.
A médica obstetra explica, ainda, que todo o caso da Érika é raro, já que a maioria das mulheres gere apenas um ou, no máximo, dois fetos. Quando acontece de gerar mais, normalmente é devido a um tratamento reprodutivo.
“A cada chegada de um dos bebês a equipe se alegrava e se emocionava juntamente com os pais, principalmente ao perceber que nasceram muito bem, apesar de nascerem prematuros com 34 semanas de gestação. Durante o parto não houve maiores complicações com paciente e os bebês passaram bem após o nascimento, sem necessidade imediata de algum suporte evasivo. Os bebês e a mãe passam bem após o parto, e os pais estão muito felizes com a chegada dos trigêmeos e com a alegria que trouxeram para maternidade com este caso tão especial e raro”.
Érika realizou todo pré-natal de alto risco quando a médica ginecologista e obstetra da Fhemig, Júlia Castro. O parto foi feito plea médica plantonista Fernanda Cristina e pela residente de ginecologia obstetrícia Juliana Louro, todas bastante emocionadas com o nascimento dos pequenos.