Vestido branco, véu, grinalda, buquê de flores, terno engomado e igreja decorada. Esses são os principais detalhes de um casamento tradicional, como manda o figurino. Mas seis casais da região metropolitana de Belo Horizonte aceitaram trocar a igreja por um local incomum para realizar seu casamento: um cemitério.
Uma ação da Metropax, empresa de planos de assistência familiar, vai reunir seis casais para um casamento comunitário no Terra Santa Cemitério Parque, em Sabará, na Grande BH. E apesar do local inusitado, a cerimônia vai contar com tudo que um bom casamento tem direito: piso espelhado, buquê, buffet e, é claro, deliciosos bem-casados. Toda a cerimônia será custeada a partir de doações de patrocinadores.
“Na igreja, eu não caso!”
A esteticista Thânia Alves, de Contagem, é uma das apaixonadas que vai se casar no cemitério. Vivendo há 14 anos com o técnico em eletrônica Luiz Henrique, a esteticista conta que o companheiro a “enrola” há muito tempo. A frase justificada por ele acabou virando uma premonição.
“Ele vive dizendo que na igreja não casava. Ainda bem que não falou no cemitério. Eu estou muito feliz por finalmente realizar meu sonho. Todo mundo ri quando eu falo que vou casar no cemitério, mas eu acho muito bonito. Eu não ligo o cemitério à morte, eu ressignifico.”
Thânia conta que viu a divulgação do casamento comunitário nas redes sociais da apresentadora Patrícia Diou, da Itatiaia. A esteticista confessa que não tinha esperanças de ser chamada, mas acabou sendo escolhida pela empresa.
“Eu me inscrevi e esqueci. Na segunda passada, eu vi que me colocaram num grupo chamado ‘Casamento comunitário’. Só aí que eu lembrei, tinha até esquecido que era no cemitério. Falei com meu companheiro, ele aceitou. Tive que arranjar tudo correndo, já que o casamento é no domingo. Mas não queria perder essa oportunidade.”
Emoção
Responsável pelo evento e por correr atrás dos patrocinadores, a CEO da Metropax, Vivianne Brasil, destaca a importância da realização do sonho de cada noiva e noivo que vai estar presente na cerimônia de domingo.
“Com muita sinceridade, eu já chorei várias vezes essa semana, porque eu não tinha a noção da responsabilidade tão grande que eu tenho. É um peso nas costas ver a história de cada noivinha, a realização de cada uma.”
A CEO da Metropax confessa que seu desejo é que as pessoas entendam que o cemitério é um lugar para se ressignificar a vida e a morte: “lá não é o fim, mas sim o lugar onde refletimos sobre um começo”. Vivianne faz questão de agradecer todas as empresas que estão apoiando o casamento comunitário e ajudando o sonho desses casais se tornar realidade.
“Nós temos patrocinadores renomados, respeitados, que estão nos ajudando a oferecer de tudo o melhor para esses casais. piso espelhado, flores naturais, buffet, bolos, doces e o melhor bem-casado de Belo Horizonte. Toda a cerimônia vai acontecer num local separado da área de sepultamos e velórios. Vai ser lindo!”